Família de Guilherme diz que carro do crime continua rondando região
Segundo o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP, responsáveis pela execução do adolescente integram uma milícia em Americanópolis
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Quase cinco dias depois do início das investigações da execução do adolescente Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, a família do jovem afirma que o carro preto utilizado no crime continua rondando a residência da vítima, em Americanópolis, na zona sul de São Paulo. As informações são da Record TV.
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Segundo o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), os responsáveis pela execução de Guilherme integram uma milícia da região, disposta a matar para mostrar seu domínio.
"Ele quis dar uma recado para a região que quem entrasse no seu domínio ia ser morto, executado, independente de quem seja", disse o delegado sobre o sargento do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia), Adriano Fernandes de Campos, que aparece nas imagens de segurança no momento da morte do jovem. Além do sargento, a investigação busca pelo outro suspeito que aparece na viela onde Guilherme desapareceu.
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A polícia acredita que este outro homem pode ser ou o porteiro do galpão que foi assaltado pouco antes da execução, um funcionário da empresa de segurança que presta serviços ao galpão ou um policial militar de folga. Antes da morte de Guilherme, as imagens de uma câmera de segurança também mostraram a movimentação de duas viaturas da Polícia Militar passando no local.
O sargento ficou calado no primeiro depoimento à polícia. De acordo com o advogado do militar, Renato Soares Nascimento, ele "não tem participação alguma nesse crime. Assim que o DHPP juntar ao inquérito todos os elementos da investigação, o sargento vai se manifestar".
O vigia do galpão, porém, já é considerado foragido pela polícia. A investigação encontrou sinais de uma fuga às pressas após visitar sua casa em mandados de busca e apreensão realizados nesta sexta-feira (19).
Por volta de 1h40 da madrugada daquele domingo (14), uma viatura passa em alta velocidade, enquanto Guilherme atravessa a rua de onde morava. Quando o jovem volta, às 1h44, outra viatura aparece pela rua, em baixa velocidade. Onze minutos depois, o jovem sai de casa mais uma vez até que os dois homens chegam ao local. Guilherme seria rendido e morto em seguida.
Na manhã desta sexta-feira (19), policiais do DHPP cumpriram sete mandados de busca e apreensão e prisão. Pelo menos duas viaturas da Corregedoria que participaram da operação também estiveram no DHPP.
A operação teve início por volta das 4h30 desta sexta-feira (19) e os investigadores se dirigiram para endereços ligados ao sargento Adriano. Buscas são feitas no ABC Paulista. Em Santo André, o alvo é o escritório da empresa de segurança privada chamada Campos Forte Portarias