Familiares e vizinhos de Riquelme Madeira Antunes, de 18 anos, denunciam que o jovem foi preso de forma injusta pela Polícia Militar na última quinta-feira (7), quando foi acusado de ter participado de um sequestro-relâmpago por meio do Pix. Nesta terça-feira (12), um grupo de moradores fizeram um protesto e armaram barricadas de fogo na avenida Deputado Cantídio Sampaio, na Brasilândia, zona norte da capital, mesma região onde o jovem morava e foi preso.
Natasha Martins, irmã de Riquelme, contou à Agência Record que ele estava subindo a rua de sua casa, quando viu o portão da residência do amigo de prenome Gustavo, de 16 anos, aberto. Riquel então teria decidido chamá-lo.
O que ele não sabia é que o imóvel estava ocupado por policiais militares, que procuravam por suspeitos que participaram de um sequestro PIX. De acordo com Natasha, o irmão foi detido e algemado pelos agentes, que avisaram a mãe deles que Riquelme seria levado apenas para averiguação até uma delegacia.
Como a mãe sabe que o filho não está envolvido em nenhum crime, ela não se preocupou. Entretanto, ele nunca mais voltou para casa.
Conforme relataram familiares, a vítima do sequestro teria supostamente reconhecido a voz de Riquelme. O caso foi registrado no 45° DP (Vila Brasilândia). A família de Riquelme também afirma que não teve acesso ao boletim de ocorrência.
Após passar por audiência de custódia, a prisão em flagrante do jovem foi convertida em preventiva. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste da capital.
Natasha ainda contou que o irmão nunca cometeu um crime. Ele é um jovem tranquilo e carinhoso que tem como sonho se tornar jogador de futebol. Ela acrescenta que câmeras de segurança registraram Riquel caminhando calmamente na rua, às 00h20, mesmo momento em que os policiais estariam procurando pelos suspeitos.