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Filho de funcionária morta dentro de empresa questiona atendimento

Mulher, de 41 anos, morreu em decorrência de vazamento de poliuretano expandido dentro de uma empresa de segurança na zona oeste de São Paulo

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Maria José da Silva tinha 41 anos
Maria José da Silva tinha 41 anos

A família de Maria José da Silva, de 41 anos, funcionária terceirizada que morreu em decorrência de intoxicação por vazamento de poliuretano expandido na unidade da empresa Prosegur da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, aponta falhas nas normas de segurança da empresa e na assistência após o acidente, ocorrido no dia 23 de abril.

A vítima sofreu um desmaio e foi encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo por uma Unidade Rápida de Atendimento por Motocicleta (URAM) e do Suporte Avançado de Vida (SAV) da Prefeitura de São Paulo.

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O quadro evoluiu para uma parada cardiorrespiratória e a funcionária precisou ser reanimada por colegas de trabalho até a chegada do SAMU. A paciente permaneceu internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva e faleceu na última quarta-feira (1).


O filho da funcionária, Daniel Ribeiro do Nascimento, 20 anos, afirmou que a mãe foi exposta ao produto químico quando entrou em uma sala para fazer a limpeza do local. De acordo com o rapaz, o local não tinha equipe de socorro e equipamentos necessários para o atendimento em caso de emergência.

"A empresa não tinha nenhum médico no local, bem como nenhum desfibrilador para socorrer a minha mãe. Ela ficou mais de 30 minutos desacordada e sem ar, o que causou o coma", declarou.


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Outra queixa da família diz respeito à demora para a liberação da equipe do Samu que havia sido acionada para atender a ocorrência. Segundo Daniel, funcionários da Prosegur teriam retardado a entrada dos paramédicos devido a procedimentos de segurança para o acesso às dependências da empresa.


"Depois de 30 minutos, chamaram a ambulância que, quando chegou na frente da Prosegur, precisou ser revistada pelos seguranças, o que causou maior demora ainda para o atendimento da minha mãe", afirmou.

Assistência

A família de Maria José da Silva também lamentou a falta de assistência por parte da Prosegur e da Sodexo, empresa pela qual a trabalhadora era registrada, durante o período de hospitalização e após o falecimento.

"A Sodexo nos chamou para uma reunião apenas para falar sobre o seguro de vida. A Prosegur nem entrou em contato para saber como estamos. Não recebemos assistência financeira de nenhuma empresa. Inclusive, a família teve que pagar os gastos com o funeral", desabafou Daniel, que morava com a mãe e a irmã na Fazenda da Juta, na zona leste da capital paulista.

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Outro lado

Em nota, a Prosegur informou que conta com equipe médica em suas instalação na base da Barra Funda, composta por um médico e uma enfermeira, os quais agiram rapidamente assim que tomaram conhecimento da ocorrência.

A empresa afirmou que a entrada da ambulância com a equipe médica para socorrer a funcionária terceirizada não encontrou nenhum tipo de barreira para acessar as instalações da empresa.

O texto diz que a Prosegur segue aguardando o laudo que conclui a causa da morte da funcionária terceirizada.

Sodexo

A Sodexo, também por meio de nota, lamenta profundamente o falecimento de sua colaboradora Maria José da Silva. Desde a data do acidente, a empresa está prestando toda a assistência necessária, bem como o suporte aos familiares inclusive nas questões de auxílio funeral e liberação de seguro de vida, além da disponibilização de apoio psicológico. Este é um momento de extrema tristeza para todos da empresa e nossos pensamentos estão voltados à família e seu melhor atendimento, diz o texto.

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