Responsável por pânico em SP, rebelião por transferência de líderes do PCC completa 17 anos
Quase duas décadas depois de facção criminosa espalhar o caos, 500 foram mortos e só dois, condenados
São Paulo|Do R7
![A rebelião do PCC (Primeiro Comando da Capital) contra a transferência de detentos, iniciada em 12 de maio de 2006, deixou 564 pessoas mortas em São Paulo e é considerada o maior massacre da história contemporânea do estado. Dezessete anos depois, apenas duas pessoas foram condenadas pelo crime](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/SQ5475WAZVLJDIITVOROBSG22M.jpg?auth=9b764471119d104c863a8badfab370f676c3acdd24a350bb19f9364a1361c011&width=898&height=629)
![Entre os 765 detentos que seriam transferidos estava Marco Williams Herbas Camacho, conhecido como Marcola, apontado como o principal líder do PCC. A facção se estruturou, efetivamente, a partir dessa rebelião, em 2006](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/2YMDMIN7T5NZ5LEO67LJHT5L5A.jpg?auth=8f52774b625f73c4f5dcc9b60e9ffefbd338922ba50ff14387edbce52dd02672&width=527&height=663)
![Informações sobre o toque de recolher foram espalhadas. Pela primeira vez na história, a capital paulista, considerada a cidade que nunca para, parou](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/ZMHIG43S4BLPXOANRXJP3NULFU.jpg?auth=38c8499ac9f77e7ff292a983965c8f58829f34bc895c0a6b52eab915e029f4b8&width=1019&height=664)
![Ao menos 30 municípios do interior e do litoral registraram chacinas e mortes com características de execução, cometidas por encapuzados](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/DPQ4JC6QP5MWXP67VW6RCT5HIE.jpg?auth=062fc26cee5f0fd5b3090c778ea9c13e00160ed44452e65b09ca628e3cc7e17e&width=897&height=657)
![Viaturas da Polícia Civil foram queimadas](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/4YL2HOGEK5IY7E7GHJYF6ZZBJI.jpg?auth=c3f0cc1a6272d5f8c0f9b3ea8cd1b6c49763d48b93f71682a85809e5cf4552a5&width=1003&height=663)
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![O medo se instalou no estado, e não era sentido apenas por criminosos ou policiais, mas por toda a população](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/GMGWSPUH7RJWNLI5N4HXAA2QYM.jpg?auth=b75e0f2f1f6f343281fe5a4595d51cc92d084929d5c2cfec3f81e2dd6e76fa7b&width=1002&height=666)
![De dentro dos presídios, os detentos mostraram estar a par de toda a situação de fora. Recados escritos "contra a opressão" revelavam uma das principais motivações do grupo](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/FVUKPPMW3RPVHPIZBQ6FWNWUJE.jpg?auth=d715c3964a7d830b5b2f53c5436d459b1db7729267edc5f4a91c56671ab190b0&width=996&height=670)
![Houve, ao menos, 64 atentados contra agentes e prédios da segurança pública](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WLRXH2L42ZJGLJXAISQ7LARPSA.jpg?auth=09a152bb6797028238570cc9531b8bc62980906a307ddb053c0409fdc6945b68&width=952&height=675)
![Em 15 de maio, mais de 50 ônibus foram atacados, o que provocou a interrupção do sistema de transportes](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/BWF5HWTUBNMFNJTMLUYNYEMGUY.jpg?auth=4a09d69a6aab531f75fbf62d499e56e56311c24323edc09ef67d2ff1987300ce&width=886&height=659)
![Agências bancárias também foram atacadas na madrugada](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/WZJUVZTAO5ORZG5BS2DQKQCCCQ.jpg?auth=11b12d6933e00e6cada439d800771941ee93cd8c744a3bd675643b3f5511f92b&width=1000&height=670)
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![Depoimento obtido com exclusividade pelo jornal O Estado de S. Paulo mostrou que representantes da cúpula do governo estadual precisaram fazer um acordo com Marcola para cessar os ataques na época](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/S5EQP4Q6ZZMKNM72T3G3XXKLK4.jpg?auth=fb68c60adbfcfb17c289dd0673f460d5d6bde51d2214af23f993aa33df7b1476&width=998&height=670)
![Apesar de essa possibilidade ter sido divulgada no período dos atentados, o governo do Estado sempre negou o acordo com o PCC e admitiu apenas que a conversa com Marcola foi uma condição para a rendição da facção. Em nota ao R7, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) esclarece
que as mortes ocorridas em maio de 2006 foram investigadas pela Polícia Civil e
pela Corregedoria da PM. "As investigações foram acompanhadas pelo Ministério
Público e relatadas à Justiça. Todas as ocorrências de morte foram apuradas, e
mais de 50 inquéritos policiais relacionados aos fatos foram encaminhados para
análise do Poder Judiciário na época", explicou](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/6XF3EALITBJJTFDENL5X3WH47Q.jpg?auth=cbe75d2c17a53632aa81f1fca802ba6faffff1d877baad3d6b087d91af5ccd70&width=1316&height=550)
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