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São Paulo guarda detalhes dos crimes mais macabros da sua história. Veja imagens

"Crime da Mala" e caso do Maníaco do Parque são os maiores destaques do Museu do Crime

São Paulo|Do R7

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No segundo andar do prédio da Academia de Polícia do Estado de São Paulo, localizada na USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, há um museu um tanto quanto peculiar. Os quadros nas paredes não são exatamente obras de arte; os objetos em exposição não podem ser considerados esculturas ou relíquias e os bustos de personalidades não homenageiam figuras consideradas heroicas.    Neste museu, estão em exposição itens originais e fotos de crimes que chocaram São Paulo como o do Maníaco do parque e o “crime da mala”. Casos mais antigos, da década de 30, como a chacina conhecida como “Crime do Restaurante Chinês” também estão presentes. Em um clima pesado, mas interessante, o Museu do Crime revela detalhes macabros dessas histórias Reportagem: Sylvia Albuquerque, do R7
O museu começou a ser criado em 1920 e guarda inúmeras armas antigas, drogas, itens de incêndios como o do Edifício Joelma e acidentes de trânsito. É possível realizar a visita em cerca de uma hora, mas um aviso deve ser feito: é preciso ter estômago para isso. O rosto de espanto de alguns visitantes ao se depararem com os itens reais usados no crime é quase uma regra. O R7 fez uma visita ao local e destacou as partes mais marcantes. Vejas nas imagens a seguir
Em 1928, José Pistone matou a mulher asfixiada, Maria Fea Pistone. Para se desfazer do corpo, ele empacotou-o em uma mala e despachou pelo porto de Santos para um desconhecido na França. A mala foi apreendida pela polícia e Pistone alegou ter cometido o homicídio porque a mulher o traiu. Ela estava grávida e o caso se tornou uma grande lenda. No museu, a mala original do crime é exposta com um boneco idêntico ao corpo de Maria. Fotos da época, o cabelo da vítima e um busto de Maria, estão nesta ala do museu. Além disso, também é possível conferir imagens do túmulo dela na cidade de Santos, que chegou a ser visitado por milhares de curiosos 
Francisco de Assis Pereira, o maníaco do parque, foi condenado em 2002 a 107 anos de prisão por estuprar e roubar nove mulheres e a 121 anos por outras mortes que ele confessou — sendo que alguns corpos nunca foram encontrados. O busto do criminoso está no museu ao lado de uma lista com os nomes das vítimas e o tipo de crime praticado, incluindo o canibalismo, com fotos dos cadáveres. Pereira cumpre pena atualmente na penitenciária de Iaras, no interior de São Paulo. Ele recebia centenas de cartas amorosas por mês e casou com uma pretendente de Santa Catarina 
Uma chacina marcou a década de 30, conhecida como "Crime do Restaurante Chinês". No dia 2 de março de 1938, em um restaurante da rua Wenceslau Brás, foram mortos o brasileiro Severino Lindolfo Rocha, 23 anos, o lituano José Kuliikevicius, 33 anos, o dono do estabelecimento Ho Fung, de 35 anos, e a mulher dele, de 22 anos. O caso teve grande reviravolta porque um ex-funcionário foi condenado pelo crime e chegou a ser preso, mas foi absolvido em 1942 e ninguém nunca foi responsabilizado pelas mortes 
Outro caso famoso que ganha destaque no museu é o da "Chacina de Parelheiros". A casa do comerciante Miguel Paes do Prado foi invadida por três criminosos no dia 8 de fevereiro de 1960 e ele, a mulher e os quatro filhos foram mortos com requintes de crueldade. Os suspeitos usaram arma de fogo e machado para matar. Três dias depois, o trio foi preso
Entre as alas mais procuradas do museu, está a que apresenta uma fileira de bustos dos criminosos que ganharam grande notoriedade no País pela frieza dos crimes e pela grande quantidade de vítimas que fizeram, como é o caso de "Chico Picadinho", que matou mulheres esquartejadas 
No entanto, os bustos dos criminosos não lideram o ranking no quesito estômago forte. A área com fetos envolvidos em crimes — que são preservados no museu — talvez seja o maior desafio para o visitante, até mesmo para os mais curiosos
Mas não são apenas objetos macabros e fotos antigas que ficam em exposição. Uma parte interessante do museu é o acervo que traz os recursos usados pela polícia durante as investigações, como a tecnologia usada para coletar impressões digitais. Além disso, a seção mostra a transformação do trabalho da polícia com a troca da fotografia em preto e branco para as coloridas, assim como a mudança da máquina de escrever para computadores 
Um antigo detector de mentiras também pode ser visto pelos visitantes. A Polícia Civil de São Paulo chegou a utilizar durante um período o detector nos interrogatórios. O equipamento caiu em desuso, mas foi usado recentemente nas investigações sobre a morte do menino Bernardo, no Rio Grande do Sul, quando o pai prestou um depoimento conectado à maquina. A madrasta da criança, uma assistente social, e o irmão dela também respondem pelo crime
Os casos que tiveram grande repercussão na imprensa são os mais procurados no museu. Em média, 900 pessoas visitam o local por mês, que vai ampliando o seu acervo com informações de crimes recentes, como o de Pimenta Neves — jornalista condenado por matar a ex-namorada, Sandra Gomide — e a morte de Isabella Nardoni. Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madastra da garota, foram considerados culpados pela morte da menina, que morreu em 2008. Na imagem, pedaço de pele de um criminoso com uma tatuagem com a frase: Não siga meu caminho 
O museu funciona de terça-feira à sexta-feira, das 13h às 17h, e a entrada é gratuita. Informações (11) 3468-3360  

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No segundo andar do prédio da Academia de Polícia do Estado de São Paulo, localizada na USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, há um museu um tanto quanto peculiar. Os quadros nas paredes não são exatamente obras de arte; os objetos em exposição não podem ser considerados esculturas ou relíquias e os bustos de personalidades não homenageiam figuras consideradas heroicas.    Neste museu, estão em exposição itens originais e fotos de crimes que chocaram São Paulo como o do Maníaco do parque e o “crime da mala”. Casos mais antigos, da década de 30, como a chacina conhecida como “Crime do Restaurante Chinês” também estão presentes. Em um clima pesado, mas interessante, o Museu do Crime revela detalhes macabros dessas histórias Reportagem: Sylvia Albuquerque, do R7
O museu começou a ser criado em 1920 e guarda inúmeras armas antigas, drogas, itens de incêndios como o do Edifício Joelma e acidentes de trânsito. É possível realizar a visita em cerca de uma hora, mas um aviso deve ser feito: é preciso ter estômago para isso. O rosto de espanto de alguns visitantes ao se depararem com os itens reais usados no crime é quase uma regra. O R7 fez uma visita ao local e destacou as partes mais marcantes. Vejas nas imagens a seguir
Em 1928, José Pistone matou a mulher asfixiada, Maria Fea Pistone. Para se desfazer do corpo, ele empacotou-o em uma mala e despachou pelo porto de Santos para um desconhecido na França. A mala foi apreendida pela polícia e Pistone alegou ter cometido o homicídio porque a mulher o traiu. Ela estava grávida e o caso se tornou uma grande lenda. No museu, a mala original do crime é exposta com um boneco idêntico ao corpo de Maria. Fotos da época, o cabelo da vítima e um busto de Maria, estão nesta ala do museu. Além disso, também é possível conferir imagens do túmulo dela na cidade de Santos, que chegou a ser visitado por milhares de curiosos 
Francisco de Assis Pereira, o maníaco do parque, foi condenado em 2002 a 107 anos de prisão por estuprar e roubar nove mulheres e a 121 anos por outras mortes que ele confessou — sendo que alguns corpos nunca foram encontrados. O busto do criminoso está no museu ao lado de uma lista com os nomes das vítimas e o tipo de crime praticado, incluindo o canibalismo, com fotos dos cadáveres. Pereira cumpre pena atualmente na penitenciária de Iaras, no interior de São Paulo. Ele recebia centenas de cartas amorosas por mês e casou com uma pretendente de Santa Catarina 
Uma chacina marcou a década de 30, conhecida como "Crime do Restaurante Chinês". No dia 2 de março de 1938, em um restaurante da rua Wenceslau Brás, foram mortos o brasileiro Severino Lindolfo Rocha, 23 anos, o lituano José Kuliikevicius, 33 anos, o dono do estabelecimento Ho Fung, de 35 anos, e a mulher dele, de 22 anos. O caso teve grande reviravolta porque um ex-funcionário foi condenado pelo crime e chegou a ser preso, mas foi absolvido em 1942 e ninguém nunca foi responsabilizado pelas mortes 
Outro caso famoso que ganha destaque no museu é o da "Chacina de Parelheiros". A casa do comerciante Miguel Paes do Prado foi invadida por três criminosos no dia 8 de fevereiro de 1960 e ele, a mulher e os quatro filhos foram mortos com requintes de crueldade. Os suspeitos usaram arma de fogo e machado para matar. Três dias depois, o trio foi preso
Entre as alas mais procuradas do museu, está a que apresenta uma fileira de bustos dos criminosos que ganharam grande notoriedade no País pela frieza dos crimes e pela grande quantidade de vítimas que fizeram, como é o caso de "Chico Picadinho", que matou mulheres esquartejadas 
No entanto, os bustos dos criminosos não lideram o ranking no quesito estômago forte. A área com fetos envolvidos em crimes — que são preservados no museu — talvez seja o maior desafio para o visitante, até mesmo para os mais curiosos
Mas não são apenas objetos macabros e fotos antigas que ficam em exposição. Uma parte interessante do museu é o acervo que traz os recursos usados pela polícia durante as investigações, como a tecnologia usada para coletar impressões digitais. Além disso, a seção mostra a transformação do trabalho da polícia com a troca da fotografia em preto e branco para as coloridas, assim como a mudança da máquina de escrever para computadores 
Um antigo detector de mentiras também pode ser visto pelos visitantes. A Polícia Civil de São Paulo chegou a utilizar durante um período o detector nos interrogatórios. O equipamento caiu em desuso, mas foi usado recentemente nas investigações sobre a morte do menino Bernardo, no Rio Grande do Sul, quando o pai prestou um depoimento conectado à maquina. A madrasta da criança, uma assistente social, e o irmão dela também respondem pelo crime
Os casos que tiveram grande repercussão na imprensa são os mais procurados no museu. Em média, 900 pessoas visitam o local por mês, que vai ampliando o seu acervo com informações de crimes recentes, como o de Pimenta Neves — jornalista condenado por matar a ex-namorada, Sandra Gomide — e a morte de Isabella Nardoni. Alexandre Nardoni, pai de Isabella, e Anna Carolina Jatobá, madastra da garota, foram considerados culpados pela morte da menina, que morreu em 2008. Na imagem, pedaço de pele de um criminoso com uma tatuagem com a frase: Não siga meu caminho 
O museu funciona de terça-feira à sexta-feira, das 13h às 17h, e a entrada é gratuita. Informações (11) 3468-3360  

No segundo andar do prédio da Academia de Polícia do Estado de São Paulo, localizada na USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, há um museu um tanto quanto peculiar. Os quadros nas paredes não são exatamente obras de arte; os objetos em exposição ...

No segundo andar do prédio da Academia de Polícia do Estado de São Paulo, localizada na USP (Universidade de São Paulo), no Butantã, há um museu um tanto quanto peculiar. Os quadros nas paredes não são exatamente obras de arte; os objetos em exposição não podem ser considerados esculturas ou relíquias e os bustos de personalidades não homenageiam figuras consideradas heroicas.    Neste museu, estão em exposição itens originais e fotos de crimes que chocaram São Paulo como o do Maníaco do parque e o “crime da mala”. Casos mais antigos, da década de 30, como a chacina conhecida como “Crime do Restaurante Chinês” também estão presentes. Em um clima pesado, mas interessante, o Museu do Crime revela detalhes macabros dessas histórias Reportagem: Sylvia Albuquerque, do R7

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