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Nos últimos dias, estudantes de bairros como Vila Mariana e Sacomã relatam casos de estupros no Metrô e nas imediações das estações. “Isso é muito sério. Como acontece isso e ninguém viu? Vamos provocar uma reunião com o Metrô e com a CPTM para inibir essa situação", afirma Rosemary Corrêa, delegada da 1ª Delegacia da Mulher de São Paulo e criadora das delegacias para a mulher. "A única forma de inibir esse tipo de violência é vigiar, ensiná-las a gritar e chamar a atenção. Está na hora de revermos as estratégias para verificar falhas e evitar que essas situações ocorram."
Reprodução Sindicato dos Metroviários
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A promotora do Ministério Público de São Paulo, Fabiana Dal'Mas Paes, que atua contra a violência de gênero afirma que as vítimas precisam procurar as autoridades responsáveis. "Apesar de ser uma situação muito delicada, elas devem procurar as autoridades, a Polícia ou o Ministério Público. Vamos fazer um mapeamento dessa situação para que possamos conversar junto aos órgãos de segurança pública para que haja um reforço de policiamento nos locais", diz.
José Patrício/24.10.2013/Estadão Conteúdo
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De acordo com a promotora, os casos de estupros no Metrô são subnotificados. "A notificação serve para aumentar o policiamento nas regiões e o crime passa, então, ao conhecimento das autoridades. Assim, pode-se ser criada uma política preventiva para que os suspeitos sejam punidos."
Reprodução
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"As vítimas precisam entender que não têm culpa, independentemente do horário ou da roupa que estão usando. A vítima deve procurar os agentes de segurança do Metrô ou a Polícia Civil", afirma Fabiana. Por meio de nota, o Metrô reitera que não está medindo esforços para colaborar com as investigações policiais.
Tiago Queiroz - 05/10/2015 - Estadão Conteúdo
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Pelas redes sociais, passaram a circular mensagens de alerta após relados de violência sexual. "Toda forma de combate a violência à mulher é válida. Isso ajuda no reforço ao policiamento preventivo nos locais. Com o reconhecimento do agressor, inibis-e a ação de outros agressores. Deve haver um atendimento adequado às vítimas de assédio dentro do transporte público, inclusive com a capacitações de funcionários para a violência de gênero", afirma Fabiana.
Reprodução
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No final da tarde desta quarta-feira (22), uma estudante universitária de 18 anos relata ter sido vítima de estupro dentro da estação Sacomã, da linha 2-Verde do metrô, no centro de São Paulo. O caso aconteceu em meio a diversos relatos de assédios e estupros compartilhados nas redes sociais por estudantes de faculdades e cursinhos universitários da região da Vila Mariana, na zona sul — próximas a estações da linha 1-Azul.
Reprodução Google Street View
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Em junho desse ano, um homem foi preso após abusar de uma mulher de 30 anos em um trem do metrô da estação Pedro II, no Brás, centro de São Paulo, nesta segunda-feira (11), por volta das 9h30 da manhã. De acordo com a Polícia Militar, o homem confessou que cometeu o abuso e afirmou que estaria passando por problemas conjugais, o que, segundo ele, teria motivado a agressão.
Divulgação Polícia Militar
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Em alguns estados, foi criado o projeto de vagões só para mulheres. Especialistas, porém, criticam a proposta. "Queríamos encontrar um caminho que não fosse em um vagão específico. Lugar de mulher é onde ela quiser. Eles que devem respeitar, não são as mulheres que devem ser retiradas da circulação", afirma Rosemary. "Não deveria ter a necessidade de ter vagões cor de rosa. A mulher tem direito de ocupar todo o espaço público. Quem tem que aprender a conviver no espaço público são os homens. Elas não devem estar delimitadas em um espaço restrito", diz Fabiana.
Reprodução Alerj