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Funcionários do Samu devem paralisar atividades hoje em SP

É a terceira vez que o atendimento será interrompido neste mês; no dia 1º, a categoria suspendeu o serviço por 12 horas e, no dia 9, por 48 horas

São Paulo|Ana Maria Guidi, do R7*

Categoria critica mudanças feitas pela prefeitura
Categoria critica mudanças feitas pela prefeitura Categoria critica mudanças feitas pela prefeitura

Os funcionários do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgencia) anunciaram que vão retomar a paralisação do atendimento a partir das 7h desta terça-feira (16), em São Paulo. De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo), que representa a categoria, a greve vai durar três dias.

Leia mais:Após redução de bases, funcionários do Samu fazem paralisação

Esta é a terceira vez que o atendimento vai interromper o serviço neste mês. No dia 1º, a categoria suspendeu a atividade por 12 horas e, no dia 9, por cerca de 48 horas.

O motivo inicial da paralisação eram as mudanças anunciadas pela Prefeitura de São Paulo em fevereiro, que desativa 31, das 58 bases do Samu, e realoca os funcionários para os pontos de assistência, como UBS (Unidades Básicas de Saúde), AMA (Assistência Médica Ambulatorial), UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) e CAPS (Centros de Atenção Psicossocial).

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Segundo o sindicato, nesta nova suspensão, os trabalhadores acrescentaram novas pautas, como o fim da Operação Delegada, um convênio entre a prefeitura e o governo do Estado de São Paulo para que bombeiros conduzam os veículos do Samu, e a volta dos plantões suplementares.

Os trabalhadores reivindicam ainda que seja realizada uma audiência com o secretário municipal de saúde e que o poder público entregue um dossiê sobre a desestruturação do Samu ao Ministério Público, ao Colégio de Lideres (órgão de discussão e negociação politica da federação) e a Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo.

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Problemas das mudanças

O sindicato afirma que as mudanças prejudicam diretamente a população. Isso porque, os chamados “pontos de assistência” não têm estrutura para o tipo de trabalho realizado pelo Samu, o que aumenta o risco de contaminações e mortes. Ainda segundo eles, a alteração diminui o número de trabalhadores do serviço, o que aumenta o tempo de resposta para atendimentos.

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Outro problema apontado pela categoria é que as mudanças de localização não são baseadas em estudos populacionais e epidemológicos e que as novas bases foram dispostas em lugares que, segundo a organização, não refletem a necessidade das populações

Negociações

De acordo com o sindicato, os trabalhadores estão abertos para negociações. Eles afirmam que, apesar das tentativas nas rodadas de conversa, o poder público e a categoria ainda não chegaram a um acordo.

A primeira assembleia foi feita no dia 1º de abril. No dia 8, uma mesa de negociação foi aberta, mas os trabalhadores rejeitaram a proposta que, segundo eles, “não atende às questões primordiais, envolvidas na desestruturação do Samu.” No dia 10, uma nova assembleia determinou a retomada da paralisação para o dia 16.

Outro lado

A Secretaria Municipal da Saúde afirma em nota que sempre esteve aberta ao diálogo e realizou diversos encontros com representantes dos trabalhadores durante esta etapa da descentralização. "O processo vem sendo implantado com total transparência e, assim como na semana anterior, o órgão recebeu, nesta segunda-feira 15/4, uma comissão de trabalhadores, recebeu suas demandas e reiterou seu compromisso em garantir as melhores condições técnicas e de conforto para suas equipes. Portanto, espera que a categoria decida por não realizar uma nova paralisação deste serviço essencial para a população paulistana", diz a nota.

A secretária informa ainda que a reestruturação do Samu é necessária para melhorar a qualidade do serviço prestado à população. "A integração das bases aos serviços de saúde é irreversível e vai melhorar a eficiência do Samu. Além de colocar mais gente trabalhando nas operações de socorro, ampliar o número de pontos de apoio de 58 para 78, permite ainda que a administração tenha mais controle sobre como as equipes estão trabalhando, reduzindo assim intervalos desnecessários entre as missões, proporcionando maior disponibilidade de ambulâncias", conclui a nota.

*Estagiária do R7, com supervisão de Ana Vinhas

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