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Gestão Tarcísio troca comando da Rota, a tropa de elite da PM de SP

Tenente-coronel Leonardo Takahashi assume cargo; tenente-coronel Rogério Nery retorna ao Batalhão de Operações Especiais

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Estado


Policiais da Rota durante tentativa de roubo a dois bancos em Guararema (SP). Operação terminou com 11 suspeitos mortos
Policiais da Rota durante tentativa de roubo a dois bancos em Guararema (SP). Operação terminou com 11 suspeitos mortos

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) trocou o comando das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), a tropa de elite da Polícia Militar de São Paulo. A mudança foi publicada na segunda-feira (4), no Diário Oficial do Estado.

Quem assume o cargo é o tenente-coronel Leonardo Akira Takahashi, que foi promovido do 1º Batalhão de Policiamento de Choque (BPChq). O atual comandante, o tenente-coronel Rogério Nery Machado, será transferido para o 4º BPChq.

No Diário Oficial, também foram publicadas outras trocas de comando na PM. Uma delas é a do 13º Batalhão, responsável pelo policiamento na região da Cracolândia, no centro da capital paulista.

O posto era ocupado pelo tenente-coronel Armando Luiz Pagoto Filho, que foi transferido para Comando de Policiamento de Área Metropolitana 10 (CPA/M-10), na zona sul. O nome do seu substituto ainda não foi divulgado.


Trocas 'normais'

Em entrevista coletiva, Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública de São Paulo, tratou como "normais" as trocas.

"O tenente-coronel Nery, que comandou pelos últimos quatro meses a Rota, é um oficial da mais alto estirpe", disse Derrite. "(Nery) Comandou o COE (Centro de Operações Especiais), é um oficial brilhante. Só que nós tínhamos um planejamento de que o major Takahashi assumisse o comando da Rota. Então, o coronel Nery sabia que viria para ficar só quatro meses", completou o secretário.


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O tenente-coronel Rogério Nery Machado retoma ao comando do Batalhão de Operações Especiais, além do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e do Centro de Operação Especiais (COE).

Operação Escudo

Foi sob o comando de Nery que foi deflagrada, um dia após a morte do soldado Patrick Bastos, em Guarujá, a Operação Escudo. Desde então, ao menos 27 pessoas morreram, segundo a polícia.

No entanto, há relatos de que a operação tem feito uso excessivo das forças de segurança, com execuções e torturas, o que é negado pela Secretaria de Segurança Pública do Estado.

Na ultima sexta-feira (1º), o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) recomendou, em audiência pública que reuniu líderes de entidades defensoras dos direitos humanos, o fim da Operação Escudo.

Derrite negou que a troca de comando na tropa de elite da Polícia Militar do Estado esteja relacionada à ação da Rota no litoral paulista. "Não é falta de prestígio (ao Rogério Nery Machado), pelo contrário. Faz parte da carreira", disse o secretário.

Em relação às mortes no litoral paulista, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informa que os casos estão em investigação pela Deic de Santos, com o apoio do DHPP, e pela PM.

"O conjunto probatório apurado no curso das investigações, incluindo as imagens das câmeras corporais, tem sido compartilhado com o Ministério Público e o Poder Judiciário", diz a pasta.

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