Governo de SP anuncia antecipação da 2ª dose da Pfizer para 21 dias
Medida valerá para a população acima de 18 anos e deve adiantar doses de 2 milhões de pessoas no estado
São Paulo|Gabriel Croquer, do R7
![Prazo recomendado pelo Ministério da Saúde é de oito semanas](https://newr7-r7-prod.web.arc-cdn.net/resizer/v2/7U6HGJTAQBORXAVGQP7QJSLYPI.jpg?auth=a35fedea3026a284e617130cf41028c115cb34c95db3b787c776ffe26227264c&width=900&height=600)
O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta segunda-feira (18) em suas redes sociais que o intervalo de aplicação da vacina da Pfizer contra a Covid-19 passará para 21 dias no estado. A medida valerá para a população com mais de 18 anos e deve antecipar a dose de cerca de 2 milhões de pessoas.
A nova estratégia do governo começa a valer a partir desta terça-feira (19) em todos os municípios do estado.
O prazo recomendado atualmente pelo Ministério da Saúde, porém, é de oito semanas entre a primeira e a segunda dose da vacina. O intervalo anterior também provém de uma antecipação, já que o imunizante começou a ser aplicado no Brasil com prazo de três meses entre as doses.
Já a bula do imunizante registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) recomenda um intervalo de 21 dias entre as doses.
A vacinação dos adolescentes de São Paulo seguirá com o intervalo de oito semanas. O governo estuda antecipar o intervalo para esse público com a disponibilização de mais doses da Pfizer pelo governo Bolsonaro.
Segundo o Vacinômetro do R7, o estado vacinou até o momento 80,5% da população com a primeira dose e 63,7% com a segunda dose ou dose única.
Estudos mostram que prazos maiores entre as aplicações da vacina geram resposta imunológica mais robusta. A Infectologista Claudia Maruyama, no entanto, diz que não há consenso sobre a questão e argumenta que a disponibilidade maior das doses da vacina justifica o intervalo curto.
"Os estudos indicam uma boa resposta a partir desse intervalo [de 21 dias]. No cenário atual já podemos pensar em antecipação das doses, desde que se respeite o intervalo mínimo prescrito em bula", explica.