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Greve do Metrô em SP tem ‘peregrinação’ por linhas e corridas por aplicativo mais caras

Funcionários param por 24 horas para protestar contra privatizações; paralisação deve afetar 4,5 milhões de paulistanos

São Paulo|Do R7

Passageiros relatam corridas por app mais caras
Passageiros relatam corridas por app mais caras

A greve desta terça-feira (3), que afeta o funcionamento de linhas do Metrô e da CPTM, em São Paulo, tem causado transtornos. A paralisação tem feito com que haja uma peregrinação entre linhas que mantêm o funcionamento, aumentando o tempo do trajeto nesta manhã. Além disso, os ônibus têm circulado mais cheios e o preço de corridas por aplicativo está acima da média em razão da demanda.

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Moradora do Jardim Santo Antônio, na zona leste da cidade, a técnica de enfermagem Katia Angelina, de 38 anos, se preparou para pedir um carro de aplicativo por volta das 5h. A ideia era tentar driblar a greve e chegar a tempo ao trabalho, em uma instituição em Indianópolis, na zona sul. Em vão, mesmo pedindo com antecedência, a corrida estava mais cara.


"Não tinha como pagar isso, então vim de ônibus para a estação Corinthians-Itaquera para tentar carro de aplicativo daqui", disse ela, que normalmente vai de metrô para o trabalho. O expediente começava às 8h. Ao chegar à estação, encontrou o local bem mais cheio que o normal. O preço da corrida estava R$ 70. "Está bem mais alto, mas não tenho o que fazer, vou tirar do meu bolso."

A enfermeira Tatiana Souza, de 41 anos, prevê uma "verdadeira peregrinação", como ela mesma descreve, para chegar ao trabalho nesta terça por conta da greve. Funcionária de um hospital na região da Vila Mariana, na zona sul, normalmente ela vai até a estação Corinthians-Itaquera, pega as linhas 3-Vermelha e 1-Azul, do Metrô, e chega ao trabalho. O trajeto dura por volta de 45 minutos.


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"Hoje, por conta da paralisação, a ideia é ir de CPTM até a estação Paulista, pegar a linha 4-Amarela até a estação Pinheiros, pegar a linha Esmeralda até a estação Santo Amaro e, por fim, entrar na linha 5-Lilás para chegar ao trabalho", disse. O tempo previsto é pelo menos o dobro do que ela gasta normalmente: 1h30. "Pelo menos uma colega de trabalho vai me acompanhar nessa."

Maria Adelina, de 42 anos, empregada doméstica, decidiu pegar ônibus para chegar ao seu local de trabalho, no Morumbi. Com dificuldade para conseguir pesquisar o trajeto, ela pediu o celular de um colega emprestado para utilizar a internet e descobriu que levaria cerca de uma hora e meia a mais que o normal. "Atrapalhou bastante. De metrô é tudo mais fácil. Além disso, com certeza os ônibus vão estar todos cheios", diz.


No Jabaquara, os portões amanheceram fechados, com cartazes de greve e um grupo de metroviários explicando à população os motivos da paralisação. O movimento de passageiros era pequeno, mas algumas pessoas, como Josemir Teixeira, de 29 anos, pintor, não sabiam sobre a paralisação e deram de cara com a porta fechada ao chegar à estação a caminho do trabalho.

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