'Morreu como guerreiro e escudo da família', diz filha de PM sequestrado e assassinado em SP
Agente aposentado estava na casa com a mulher quando o local foi invadido. Criminosos viram que ele era policial e o levaram
São Paulo|Isabelle Amaral, do R7
A filha do policial militar aposentado que teve a casa invadida, foi sequestrado e, depois, encontrado morto fez um relato emocionante nas redes sociais sobre o pai. "Não vou parar enquanto eu não conseguir a justiça. Ele morreu sendo guerreiro e escudo da sua família", escreveu Isabela Boide — veja a publicação completa abaixo.
Ricardo Boide foi achado morto a 600 km de sua casa, em Itapecerica da Serra, região metropolitana de São Paulo. Segundo o delegado responsável pelo caso, o grupo que o sequestrou costuma torturar as vítimas antes da morte, e ele acredita que o homem teria passado por isso.
A filha diz que o tenente aposentado foi "o melhor pai que poderia ter na vida", lamenta que o homem não poderá vê-la na formatura de direito e também não verá a neta, que ele chamava de "Jujuba", crescer.
"Estou em um voo que não queria estar, fazendo uma visita que não estava programada, com o meu coração em pedaços e ainda sem entender", escreveu a jovem, que mora em João Pessoa, sobre sua viagem a São Paulo para o enterro do pai, nesta sexta-feira (7).
O crime
O tenente aposentado estava em casa com a mulher quando o local foi invadido por criminosos. Eles o fizeram refém e também prenderam a esposa, na terça-feira (4).
Posteriormente, eles encontraram o uniforme de Ricardo e decidiram levá-lo. A vítima ficou desaparecida por pelo menos dez horas, e depois foi encontrada morta em uma área de mata a 600 km de sua casa.
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Durante a investigação, a Polícia Civil conseguiu prender três suspeitos de envolvimento no crime. O trio já era alvo de investigações da instituição por invasão de residências.
O delegado da Delegacia Seccional de Taboão da Serra Hélio Bressan afirmou que um dos homens detidos estava com a aliança do tenente da Polícia Militar.
Ainda segundo o delegado, a quadrilha costumava agir com requintes de crueldade, sendo a morte de Ricardo o ápice da falta de piedade do grupo.
Outros oito mandados de prisão relacionados à operação de roubo a residências continuam em aberto.