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Haddad enfrenta protestos durante vistoria na zona leste

População cobrou explicações sobre fechamento de AMA e corredor de ônibus

São Paulo|Do R7

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, foi alvo de protestos pelos mais diversos motivos na manhã desta terça-feira (25), durante visita a uma unidade de saúde do Itaim Paulista, na zona leste de São Paulo. Enquanto vistoriava os espaços da Rede Hora Certa, ambulatório de especialidades inaugurado em dezembro no local, o prefeito foi cobrado em três temas: o fechamento de uma AMA (Assistência Médica Ambulatorial), o atraso na entrega dos uniformes da rede municipal e um projeto de corredor de ônibus criticado por comerciantes e moradores da região.

A primeira queixa veio de uma moradora que questionou Haddad, no meio da entrevista coletiva para a imprensa, sobre os motivos da extinção da AMA que existia no local onde foi implantada a Rede Hora Certa.

— Vocês abriram esse Hora Certa e tiraram a AMA, agora como a gente faz se tem uma dor de ouvido, dor de barriga?

O prefeito tentou defender a unidade.


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— Nós transferimos daqui para botar um hospital aqui dentro, senão você ia ficar na fila de cirurgia. O AMA foi transferido para dar lugar às salas cirúrgicas.


A argumentação não foi suficiente para convencer os moradores descontentes. A doméstica Terezinha Nascimento dos Santos, de 51 anos, reclamou.

— Eles acabaram com a AMA e não transferiram para outro endereço. Agora, a gente tem que ir para a AMA Jardim das Oliveiras, que já tem muita gente e está recebendo mais procura agora. Leva o dia inteiro para conseguir atendimento.


No mesmo evento, Haddad foi surpreendido por um grupo de 30 pessoas com faixas contra o projeto de um corredor e de um terminal de ônibus na região. Edson Coqueiro, presidente da associação de empresários do Itaim Paulista, é contrário à área escolhida pela administração municipal.

— Não somos contra o projeto, mas os locais propostos pela prefeitura para implantar essas duas coisas vão exigir muitas desapropriações.

Ele e outros manifestantes ficaram reunidos por mais de 30 minutos com Haddad em uma sala da unidade.

Eles estão apresentando uma alternativa, mas uma coisa não exclui a outra", disse o prefeito sobre a proposta de traçado feita pelos manifestantes. Por fim, quando já entrava no carro oficial para deixar o local, Haddad ainda teve que enfrentar a revolta da uma moradora cuja filha ainda não havia recebido o uniforme escolar.

— Eu confiei em tu. Votei no PT, confiei no PT. Não voto mais.

O prefeito ficou sem graça e respondeu.

— Atrasou a licitação. Desculpa.

A Secretaria Municipal da Educação disse que metade dos uniformes já foi entregue aos alunos e prometeu iniciar na semana que vem a entrega da outra metade. Sobre a AMA desativada, a Secretaria Municipal da Saúde afirmou que os profissionais foram transferidos para outras unidades de saúde da região e que a medida "melhorou a oferta de atendimento aos munícipes". A pasta disse ainda que a região conta com um pronto-atendimento e um hospital.

Sobre o protesto contra o corredor, a SPTrans afirmou que o "projeto que está em licitação é a melhor alternativa", mas "considera estudar as sugestões apresentadas pela comunidade".

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