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Homem ataca mulher transexual com socos em rua de SP; veja vídeo

Vítima relata transfobia por ter sido atacada enquanto trabalhava na Avenida Irerê por um morador da zona sul da capital

São Paulo|Letícia Dauer, da Agência Record

Um homem atacou uma mulher transexual na rua e a agrediu com socos na região da Saúde, bairro da zona sul da capital, na manhã desta quinta-feira (09). A vítima, Pryscila do Carmo Carneiro, de 26 anos, denuncia que foi vítima de transfobia.

À Agência Record, ela contou que costuma trabalhar pela Avenida Irerê, próximo à Alameda dos Quinimuras, no Planalto Paulista, um ponto de prostituição na capital. A mulher deixou o Ceará para morar em São Paulo há cerca de quatro anos. Atualmente, ela mora com uma amiga com quem divide o aluguel.

Segundo Priscyla, há alguns dias um morador da região começou a hostilizar suas amigas com xingamentos e arremessar baldes de água fria, além de usar um cachorro para ameaçá-las. 

"Geralmente, eu chego para trabalhar às nove ou dez horas da noite e volto cedo para casa. Como ontem eu não trabalhei tão bem, eu pretendia permanecer na rua até às nove horas da manhã, se não tivesse acontecido o caso [a agressão]. Eu estava bem e disposta", relatou.

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Nesta manhã, a violência chegou ao ápice e o homem, cuja identidade ainda é desconhecida, agrediu Pryscila com vários socos, chegando a derrubá-la no chão.

"Eu estava com duas amigas por volta das sete horas, quando ele se aproximou e jogou um balde com água. Depois, partiu para cima". Furioso, o agressor desferiu vários socos na região da cabeça da jovem, que foram registrados por uma câmera de celular.

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Durante o episódio de transfobia, a esposa do criminoso não só presenciou a agressão como incentivou, falando "dá mais nela. Ela está gostando". A vítima está com diversos hematomas pelo rosto e teve o nariz e um dente quebrados.

Após alguns minutos, uma vizinha apareceu para ajudá-la e chamou a Polícia Militar. Enquanto, o agressor e a esposa correram para se esconder em casa. Quando os agentes de segurança chegaram no endereço, a mulher mentiu e afirmou que o marido não estava.

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O caso foi registrado como lesão corporal no 27° DP (Campo Belo), e a vítima fez o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal.

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De acordo com o 1° Mapeamento das Pessoas Trans no Município de São Paulo, divulgado em 2011, 43% mulheres trans declararam já ter sido vítima de violência física devido à sua identidade de gênero. 

"A realização da atividade de prostituição aumenta a exposição de travestis e mulheres trans ao ambiente noturno e urbano, concorrendo para sua sujeição às situações de violência e vulnerabilidade. Quando cruzamos a ocorrência de violência com o exercício da prostituição, verifica-se que as atividades relacionadas ao mercado do sexo aumentam em quase 50% as chances de a população trans ser vítima de violência física", explica o estudo.

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