Homem é ameaçado de morte após acusação falsa de estupro em SP
Bruno Tavares da Silva, de 27 anos, tem sido difamado na internet. Ele é apontado como o responsável pelo abuso sexual que ocorreu em uma escola
São Paulo|Isabela Noleto*, da Agência Record, e Gabriel Croquer*, Do R7
Desde que uma menina de 12 anos foi estuprada dentro da Escola Estadual Educador Paulo Freire no horário de aulas, Bruno Tavares da Silva, de 27 anos, afirma que vem sendo ameaçado. Suas fotos estão sendo divulgadas em grupos e redes sociais como o autor do crime.
“Não posso sair mais. Para trabalhar estou indo de Uber, e para voltar meu irmão tem que vir me buscar de carro. Quero mostrar para o pessoal que isso é uma farsa, uma calúnia. Já estou procurando um advogado para descobrir e processar quem fez isso. Isso não pode ficar impune”, relata Bruno.
No último sábado (09), ele diz que foi alertado pelo sobrinho que suas fotos postadas em uma rede social estavam sendo divulgadas em grupos de WhatsApp como se ele fosse o autor do estupro. Bruno, que tem emprego fixo em um mercado, mora perto da escola onde o fato aconteceu.
"Usam minha foto, com meu nome, como se eu fosse estuprador. Querendo ou não eu moro na comunidade e o pessoal tem costume de fazer justiça com as próprias mãos. Ninguém vai chegar perguntando se é verdade", completou o homem que afirma ter muito medo.
Investigações confirmam versão
Rosângela Máximo da Silva, delegada responsável pela investigação do caso, no 4° DP de Osasco, afirma que a vítima e uma das testemunhas do episódio viram o rosto de Bruno por fotos e não o reconheceram fisicamente.
O prórpio rapaz chegou a ir na casa da mãe da vítima, para esclarecer o fato e a difamação que vem sofrendo.
Ainda de acordo com a delegada, as descrições do suspeito pela vítima e a testemunha não combinam com Bruno. As investigações apontam um jovem na adolescência como o autor do crime.
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Bruno registrou um Boletim de Ocorrência de calúnia e difamação no 04º Distrito Policial de Osasco. A delegacia ainda aguarda que o diretor da escola consiga colher imagens do circuito de segurança de uma empresa próxima ao muro do colégio.