Homem é preso por suspeita na morte de PM desaparecida
Suspeito, de 45 anos, teve a prisão temporária decretada por 15 dias. Corpo da PM Juliane Duarte foi encontrado nesta segunda-feira (6)
São Paulo|Pedro Pannunzio* e Plínio Aguiar, do R7
Um suspeito, de 45 anos, foi preso por suposto envolvimento na morte da PM Juliane dos Santos Duarte, de 27 anos. Ela estava desaparecida desde a última quarta-feira (1) e seu corpo foi encontrado na noite desta segunda-feira (6).
O homem teve a prisão temporária decretada por 15 dias, segundo informações da RecordTV. Ele está detido na carceragem do 89º DP (Portal do Morumbi). A polícia ainda investiga a participação de outros suspeitos no crime. A SSP (Secretaria de Segurança Pública) chegou a oferecer a recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o caso.
PM encontra corpo em São Paulo que seria de policial desaparecida
A polícia identificou, através deimagens de uma câmera de segurança, um suspeito deixando a motocicleta da PM numa rua próxima à praça Panamericana, na zona oeste de São Paulo, na quinta-feira (2). As autoridades, no entanto, não informaram se este é o mesmo homem que foi preso.
A informação sobre o suspeito flagrado pelas imagens veio através de uma denúncia anônima recebida por agentes de outro distrito policial e repassadas à equipe coordenada por Antônio Sucupira, delegado 89° DP (Portal do Morumbi), responsável pelas investigações do caso. Dez viaturas foram até o local que teria sido apontado na denúncia anônima, mas a pessoa não foi localizada até o momento.
"A equipe chegou ao local, mas ele não estava", afirmou Sucupira. De acordo com o delegado, só hoje a polícia recebeu quatro denúncias de moradores de Paraisópolis sobre o caso. "As pessoas estão colaborando muito e passando todas as informações". O nome do suspeito é mantido sob segredo para não prejudicar as investigações.
Entenda o caso
Por volta das 12 horas da quinta-feira (3), o desaparecimento de Juliane foi registrado por um casal no 89º DP (Morumbi). Juliane teria ido à casa de amigos na quarta-feira (2) e, segundo testemunhas, teria ficado o dia todo lá. Mais duas amigas teriam chegado a residência e quando a bebida terminou todos foram a uma outra casa.
Dessa segunda casa, também na companhia de duas amigas, Juliane foi para o bar de Paraisópolis para continuar a comemoração. De acordo com Sucupira, Juliane teria ido ao banheiro e quando voltou percebeu uma movimentação na mesa. Na ocasião, um celular de um rapaz que também estava na mesa teria sido furtado.
Às 4 horas da madrugada de quinta-feira, Juliane teria, então, sacado a arma e se identificado como policial, questionando se alguém teria pego o celular. "Depois que ela sacou a arma, surgiram quatro indivíduos perguntando quem era policial e a identificaram", afirma o delegado.
Ainda segundo as testemunhas ouvidas pela polícia, próximo ao bar teriam ocorrido dois disparos que teriam atingido Juliane. "Só poderemos saber se ela foi atingida e por quantos tiros depois que encontrarmos o corpo", diz Sucupira.
Até o início da tarde de sexta-feira, foram ouvidas três testemunhas que estavam com Juliane no bar de Paraisópolis. A policial atuava na 2ª Companhia do 3º Batalhão Metropolitano, responsável pelo patrulhamento em parte do Jabaquara, na zona sul.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.