Hospital das Clínicas de SP tem 56 profissionais afastados por Covid
Além dos funcionários que testaram positivo para o vírus, outras 15 pessoas estão com suspeita e aguardam o resultado do exame
São Paulo|Do R7
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), no centro da cidade, tem 56 profissionais afastados, nesta quinta-feira (6), por terem sido diagnosticados com Covid-19.
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Além desses 56 funcionários que testaram positivo para o vírus, outras 15 pessoas com suspeita de Covid aguardam o resultado do exame.
Em nota, a assessoria de imprensa do hospital informou que o complexo possui mais de 20 mil colaboradores e que os serviços do hospital vêm sendo realizados normalmente, sem prejuízo de atendimento. Além disso, o Hospital das Clínicas disse que os dados são dinâmicos e variam conforme a notificação dos casos.
Aumento de casos
O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, comentou na quarta-feira (5) o aumento no número de infecções por H3N2 e Covid-19 no estado: "Tivemos um aumento de atendimento de síndromes respiratórias especialmente nos prontos-socorros. Isso se deve à multiplicidade de vírus respiratórios. Esse quadros denotam que as pessoas retiraram a máscara de forma muito abrupta, especialmente nos ambientes de confraternização, favorecendo a transmissão".
Ele disse também que a Pasta está atenta aos casos de infecção pela variante Ômicron e toma medidas para evitar problemas no sistema de saúde. "Desaceleramos todas as desmobilizações de leitos de Covid, aumentamos o incremento ao acesso ao Tamiflu para o tratamento de formas moderadas e graves de gripe, ampliando a testagem para definirmos as características e o tempo de isolamento."
Segundo Gorinchteyn, até dezembro foi disponibilizado 1,25 milhão de testes de Covid-19. Nesta terça-feira, o secretário disse que foram disponibilizadas mais 800 mil testagens.
O coordenador do Comitê Científico de Covid, João Gabbardo, afirmou que em números absolutos o crescimento de 30% nas internações não oferece riscos. "Mesmo que tenhamos uma movimentação maior nas internações, estamos partindo de um patamar que estava muito baixo", declarou. "Em números absolutos não põe em risco a capacidade de atendimento que a rede de hospitais de São Paulo pode oferecer à população."
Gabbardo alertou também sobre o risco de aglomerações em postos de saúde. "Muita gente vai aos postos porque lá é a única maneira de fazer o teste; para isso temos que ter uma solução, porque aumentamos o risco de transmissão."