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Internações em UTIs por Covid-19 ultrapassam 70% na Grande SP

Taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 65,5% em todo o estado. Secretaria diz que casos são mais leves

São Paulo|Rafael Custódio e Laura Augusta, da Agência Record

Grande São Paulo ultrapassa a marca de 70% de ocupação de UTI por Covid-19
Grande São Paulo ultrapassa a marca de 70% de ocupação de UTI por Covid-19 Grande São Paulo ultrapassa a marca de 70% de ocupação de UTI por Covid-19

O estado de São Paulo ultrapassou a marca de 70% de ocupação dos leitos de UTI para Covid-19 nesta segunda-feira (24), de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. Segundo a pasta, há 10.165 pessoas internadas com suspeita ou confirmação para a doença em todo o estado, das quais 6.799 estão em leitos de enfermaria.

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A taxa de ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) é de 65,5%, em todo o estado, e de 70,7%, na região metropolitana de São Paulo. Os dados apontam casos mais leves de internação, em virtude da cobertura vacinal no estado.

Aumento de casos pediátricos

O número de crianças e adolescentes com menos de 18 anos internados em UTIs acometidos de Covid-19 aumentou 61% em São Paulo em dois meses. O dado foi confirmado pelo governador João Doria (PSDB), durante coletiva de imprensa na quarta-feira (19), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.

O registro saltou de 106 crianças e adolescentes com menos de 18 anos, no dia 15 de novembro, para 171 pessoas nessa faixa etária internadas em UTIs, em janeiro deste ano. "É indispensável que haja imunização e proteção dessas crianças, que passam a ser protegidas. Só no ano passado, perdemos 92 crianças por Covid das 2.500 que se internaram de formas graves", ressaltou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.

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Diferença entre as ondas de Covid

O secretário Jean Gorinchteyn disse ainda, em coletiva de imprensa, que no pico da primeira onda houve 6.500 internações e no auge da segunda onda, somente nas UTIs, 13.150 pessoas foram internadas. "Isso é resultado da vacinação. Temos visto que uma população que não está vacinada, mais vulnerável, menores de 17 anos, tem tido uma elevação significativa [no que se refere a número de internações] de quase 61% de novembro a janeiro", afirmou Gorintchteyn.

O coordenador do Comitê Científico de Covid-19, João Gabbardo, afirmou que São Paulo vive hoje um paradoxo com o aumento das internações em unidades hospitalares. "Os pacientes que procuram as unidades com sintomas vão para casa porque raramente precisam ser internados. É muito diferente do que vimos no ano passado", disse. "O que estamos vendo hoje é que a vida continua normalmente e as pessoas são internadas por outras razões."

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Segundo ele, no momento que o paciente testa positivo para a Covid-19, a internação é creditada à doença, uma vez que ele precisa permanecer em isolamento. "Esse aumento das internações hospitalares está ocorrendo em decorrência de pessoas que foram internadas por outros fatores e foram testadas por Covid. Isso é importante para entender esse movimento tão grande nas unidades hospitalares."

Pico da Ômicron

Mesmo com o aumento exponencial de novos casos de Covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde prevê que o pico ocorrerá somente em fevereiro, em razão da variante Ômicron, que já representa mais de 90% das novas infecções no país. De acordo com o ministro Marcelo Queiroga, a preocupação da pasta é avançar com a imunização e aumentar a capacidade de atendimento na rede pública, a fim de suportar a pressão esperada.

"O pico da onda Ômicron acontece cerca de 45 dias após o início das infecções. Então temos que nos preparar para os próximos 30 dias, quando teremos o maior número de casos e, consequentemente, uma maior pressão sobre o sistema de saúde", afirmou Queiroga, em conversa com jornalistas, nesta segunda-feira (24).

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