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Irmãos Cravinhos deixam cadeia no interior de SP para passar Dia das Mães em casa

Essa é a 1ª vez que eles saem da penitenciária desde que receberam benefício do semiaberto

São Paulo|Do R7, com AgÊncia Record

Cristian Cravinhos (e), Daniel Cravinhos (c) e Suzane foram presos pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen
Cristian Cravinhos (e), Daniel Cravinhos (c) e Suzane foram presos pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen Cristian Cravinhos (e), Daniel Cravinhos (c) e Suzane foram presos pelo assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen (AGLIBERTO LIMA)

Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos deixaram a Penitenciária PII de Tremembé, que fica a 140 km de São Paulo, por volta das 09h20 desta sexta-feira (10). Eles foram condenados pela morte dos pais de Suzane Von Richthofen, namorada de Daniel na época do crime. Eles estão presos desde novembro de 2002.

A autorização para o benefício de saída temporária do Dia das Mães foi concedida pela juíza Wania Regina Gonçalves da Cunha, da VEC (Vara das Execuções Criminais) de Taubaté. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o benefício se estende até o dia 15 de maio, quando os irmãos Cravinhos devem voltar à penitenciária.

Em fevereiro deste ano, os irmãos Cravinhos passaram do regime fechado para o semiaberto. A decisão foi da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara das Execuções Criminais de Taubaté, que atendeu o pedido para progressão de regime feito pela defesa de Cristian e Daniel Cravinhos. Segundo o Tribunal de Justiça, ela levou em consideração o bom comportamento carcerário, atestado pelo diretor da unidade prisional.

Na época do crime, em 2002, Daniel Cravinhos era namorado de Suzane von Richthofen, com quem planejou o assassinato dos pais dela. O crime aconteceu na casa da família de Suzane, na zona sul de São Paulo. Manfred e Marísia von Richthofen eram contra o namoro da filha Suzane com Daniel Cravinhos. Os irmãos Daniel e Cristian foram condenados em 2006, em júri popular.

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Daniel foi condenado a 39 anos e seis meses de prisão em regime fechado. O irmão, Cristian, foi condenado a 38 anos e seis meses. Há três meses, eles passaram ao regime semiaberto, que dá direito a benefícios como a saída temporária.

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Suzane von Richthofen

Em junho de 2011, o STF (Superior Tribunal de Justiça) negou habeas corpus a Suzane von Richthofen para progressão ao regime semiaberto. Ela cumpre pena de 39 anos de reclusão pelo homicídio triplamente qualificado de seus pais: por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas. A defesa dela conseguiu que a pena fosse reduzida a 38 anos.

A progressão para o regime semiaberto pedida por Suzane foi negada pelo juízo de primeira instância. O recurso ao Tribunal de Justiça de São Paulo também foi negado, sob o argumento de que o exame criminológico mostrou imaturidade, egocentrismo, impulsividade, agressividade e a ausência de remorso por parte de Suzane.

Os advogados dela afirmam que o bom comportamento, a espontânea apresentação à Justiça, o exercício de atividades laborativas e o parecer favorável à progressão são elementos que seriam suficientes para obter a liberdade parcial. O ministro do STJ, porém, destacou que a liminar em habeas corpus exige a demonstração de sua necessidade e urgência, o que não aconteceu.

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O crime

Manfred e Marísia dormiam quando Suzane, o namorado dela, Daniel, e o irmão dele, Cristian Cravinhos, entraram na garagem no carro da jovem. A polícia conta que Suzane foi até o quarto dos pais para conferir se eles estavam dormindo.

Autorizados por ela, Daniel e Cristian entraram em ação. Daniel se aproximou de Manfred. Cristian, de Marísia. Foram inúmeros os golpes na cabeça com barras de ferro. Os irmãos ainda usaram toalhas molhadas e sacos plásticos para sufocar o casal.

Durante o assassinato, Suzane esperou no andar de baixo da casa. A jovem revirou o escritório para simular um assalto. Antes de ir embora, o trio embolsou 5.000 dólares e R$ 8.000 guardados por Manfred.

Depois da morte dos pais, Suzane foi com Daniel para um motel. Às três da madrugada, a jovem deixou Daniel em casa e foi em busca do irmão Andreas numa lan house. Ela e o irmão caçula voltaram à mansão. Ao se depararem com os pais mortos, Suzane acionou a polícia.

Na madrugada do dia 22 de julho de 2006, o Tribunal do Júri condenou Suzane e os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos à prisão pelo assassinato do casal. Suzane, Daniel e Cristian foram condenados por duplo homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. 

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