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Jovem desaparecido que é procurado na Cracolândia já foi internado duas vezes, diz irmã

Família chegou a investir na recuperação de Décio, de 24 anos, mas ele não resistiu ao vício

São Paulo|Isabelle Amaral, do R7

Décio ganhou bolsa para estudar medicina
Décio ganhou bolsa para estudar medicina Décio ganhou bolsa para estudar medicina

É difícil achar dependentes químicos que, em algum momento da vida, não tenham passado por clínicas de reabilitação para se libertar das drogas. Décio Castro, de 24 anos, que está desaparecido há mais de três meses, faz parte das pessoas que tentaram uma nova vida após o vício. Segundo a irmã dele, Doris Guimarães, o estudante de medicina usa drogas desde a adolescência e, com o apoio da família, já foi internado ao menos duas vezes.

A família de Décio tem feito buscas por ele sem parar. Com a ajuda do Cidade Alerta, da Record TV, a mãe do jovem recebeu informações de que ele estaria na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. Um dos receios é que ele esteja usando K9, uma droga potente que se expande na região e que produz o que vem sendo chamado de "efeito zumbi".

Em entrevista ao R7, a irmã de Décio afirmou que não descarta essa possibilidade. Ela informou ainda que é a primeira vez que o estudante de medicina desaparece, apesar de ser usuário de drogas desde a adolescência.

"Minha infância inteira foi com ele aqui na Bahia. Aí, quando o Décio foi para São Paulo com a mãe dele, já na adolescência, ele me ligou dizendo que havia usado maconha. Fiquei preocupada e o alertei de que a maconha poderia abrir portas para drogas mais fortes", comentou Doris, de 28 anos, sobre o alerta que fez ao irmão.

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Ela afirma que sempre teve um relacionamento de muito carinho com Décio e que tentava ajudá-lo com a depressão. Segundo Doris, o irmão costumava dizer que a sensação causada pela doença psiquiátrica, que afeta em cheio o emocional, era amenizada ao usar drogas.

"Ele fazia tratamento no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), e chegou até ao ponto de a família inteira se unir para pagar uma clínica de reabilitação. Da primeira vez, ele ficou internado de 6 meses a 1 ano, não lembro ao certo. Da segunda, ele ficou no máximo três meses e disse para a gente que já estava melhor", conta.

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Sonho de ser médico

Décio Castro havia acabado de passar em um cursinho preparatório para estudar medicina quando desapareceu. Doris afirma que o irmão é muito inteligente e já passou em faculdades públicas para estudar direito e engenharia, mas seu verdadeiro sonho era se tornar médico.

Segundo ela, o jovem queria passar em medicina para estudar em uma faculdade federal. "Se eu pudesse falar com ele agora, pediria para que ele não desista desse sonho e falaria que não vamos abandoná-lo, independente da situação", afirmou, com a voz embargada.

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Dóris, que mora na Bahia, segue tentando achar pistas do irmão, mesmo de longe. Por meio das redes sociais, ela compartilha sem parar informações sobre o jovem para que, se alguém souber pistas sobre ele, a comunique. Além disso, mantém contato com a mãe do irmão. "Ela tenta se manter forte, se tranquilizar, mas não é fácil a barra que ela está levando", comenta.

A irmã de Décio recebeu informações de que ele estaria andando pela Cracolândia e está com mais barba e com os cabelos mais compridos. Ela acredita que o irmão esteja vivendo um surto desde que parou de tomar os remédios controlados para depressão.

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