Jovem que teve mãos e pés amputados ao ter infecção urinária volta a andar com ajuda de prótese

Gabrielle Barbosa, de 20 anos, passou por duas paradas cardíacas e pela necrose dos braços e das pernas há cinco meses

13/09/2023 - 15h09 (Atualizado em 29/03/2024 - 09h09)

A jovem Gabrielle Barbosa, de 20 anos, que teve as mãos e os pés amputados ao ser internada com infecção urinária, em março deste ano, voltou a andar com a ajuda de próteses, na terça-feira (12).

Gabrielle, que mora em Franca, no interior de São Paulo, compartilhou um vídeo em que ela aparece em pé e disse que esta data ficará para sempre marcada em sua história. "Depois de praticamente cinco meses de amputação, eu dei meus primeiros passos", celebrou.

A jovem estava com infecção urinária desde dezembro do ano passado. Ela foi ao hospital e tratou a doença com antibióticos.

Em janeiro deste ano, ela realizou exames periódicos e foi informada de que estava bem. Porém, em março descobriu um quadro de infecção generalizada.

‌

Agora, com a prótese, Gabrielle espera que sua qualidade de vida melhore, apesar das limitações. "No começo desse processo, onde eu achava que seria impossível voltar a andar, Deus colocou a equipe do doutor Gualter, que se empenharam para poder me colocar de pé novamente. Obrigada a todos vocês", completou Gabrielle.

•Compartilhe esta notícia no WhatsApp

‌

•Compartilhe esta notícia no Telegram

Conheça prédios históricos que foram preservados e ganharam nova utilidade

São Paulo, SP - 23.01.2023 - Prédios históricos da cidade de São Paulo. Palácio das Indústrias / Museu Catavento. Foto Edu Garcia/R7

São Paulo, SP - 23.01.2023 - Prédios históricos da cidade de São Paulo. Edifício Vila Penteado (1902) FAU. Foto Edu Garcia/R7

Projetado pelo arquiteto sueco Carlos Ekman em 1902, o edifício Vila Penteado é um dos últimos remanescentes do estilo art nouveau na cidade de São Paulo. Como disse Angelo Filardo, arquiteto e professor da FAU-USP, "são as construções que o passado nos legou que nos fazem lembrar nossa história", para evidenciar a importância da preservação do patrimônio material na cultura e identidade da sociedade

São Paulo, SP - 23.01.2023 - Prédios históricos da cidade de São Paulo. Condomínio Oscar Rodrigues. Foto Edu Garcia/R7

São Paulo, SP - 23.01.2023 - Prédios históricos da cidade de São Paulo. Casa do Barão da Bocaina / Restaurante Gula Gula. Foto Edu Garcia/R7

São Paulo, SP - 23.01.2023 - Prédios históricos da cidade de São Paulo. Casarão Hannud. Méqui 1000. Foto Edu Garcia/R7

A família morou ali por muitos anos, até que o casal não conseguia mais se locomover com facilidade por conta das grandes escadarias, o que o fez mudar de casa. Após a saída, o casarão foi alugado para o Banco Boston, em 1996, e depois para o Itaú, até 2016. Depois do fim do contrato, o casarão tornou-se um local requisitado para eventos de grandes empresas. Por ser inicialmente casa de imigrantes, Angelo explica que, assim como este, muitos prédios tombados contam uma história que originalmente não é a do paulistano típico. "Esses imóveis, no entanto, contam a história da nossa cidade, e isso é importante para todos, mesmo que nossa memória seja fragmentada por histórias de vida muito díspares", diz

Inaugurado em 1924, o Palácio das Indústrias já foi galeria de exposições, Assembleia Legislativa, sede da Secretaria de Segurança Pública, sede da Prefeitura da Cidade de São Paulo e, desde 2009, abriga o museu Catavento, dedicado às ciências e tecnologias. Localizado no parque Dom Pedro 2º, no centro de São Paulo, desde 1982, o Palácio das Indústrias faz parte dos patrimônios históricos tombados pelo Condephaat e é reconhecido como um edifício que faz parte da histórica econômica, política e cultural de São Paulo

Muito além da preservação de um patrimônio histórico, trata-se também da preservação da memória, já que esses prédios carregam parte da identidade de uma sociedade. Levam características, costumes, comportamento e um registro do passado. Como diz o professor Angelo Filardo, essa memória passa a ser assimilada pelo paulistano. "As memórias do prédio acabam sendo minhas memórias", explica, ao se referir à população da cidade

* Sob supervisão de Márcio Pinho

Em 469 anos, São Paulo passou por diversas transformações, até se tornar a cidade que conhecemos hoje. Embora seja uma das capitais mais modernas do país, a "terra da garoa" também é lar de edifícios históricos que eternizam a memória em sua arquitetura. A preservação desses prédios e os novos usos atribuídos a eles possibilitam outra rotina para construções centenárias