Jovem tetraplégica após acidente no mar lança campanha na web
Karina Castellanos se recupera de fratura em vértebra C6, que a deixou sem os movimentos do pescoço para baixo. Família se mobiliza por recursos
São Paulo|Cesar Sacheto, do R7
A universitária Karina Neustadter Castellanos, de 24 anos, iniciou a recuperação após sofrer um acidente em uma praia de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, que a deixou tetraplégica.
Karina, que passava férias com o namorado, estava no mar e tentou sair da água surfando, mas sem o uso de uma prancha, em uma prática conhecida popularmente como "jacaré" — ou surfe de peito.
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De acordo com o relato da jovem, uma onda a jogou para baixo e ela bateu a cabeça. Karina conta que sentiu um trauma forte no pescoço e "formigamento" no corpo.
Socorrida, ela foi levada para o hospital de Ilhabela, onde os médicos constataram uma fratura na vértebra C6, que a deixou sem os movimentos do pescoço para baixo.
A história foi publicada nos perfis da estudante nas redes sociais. Na publicação, Karina trata a nova etapa que terá de enfrentar como um "renascimento".
A universitária — cursa Administração em uma faculdade na zona sul de São Paulo — foi submetida a uma cirurgia para a fixação da coluna cervical e retirada de fragmentos de ossos que comprimiam a medula. Ela já recuperou alguns movimentos dos braços.
Agora, Karina está na casa da avó, em Santos, pois a família conseguiu atendimento no Hospital Lucy Montoro, especializado no tratamento de traumas. A jovem também obteve vaga na clínica de fisioterapia da Universidade Santa Cecília.
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A mãe de Karina teve que deixar o emprego na capital paulista e se mudar para a Baixada Santista. Para auxiliar nos custos do tratamento, como remédios, equipamentos e materiais hospitalares, a família decidiu criar uma vaquinha na internet. A meta é arrecadar R$ 61.800. A campanha segue até o próximo dia 21 de abril.
Esperança
A fisioterapeuta Kátia Neustadter Monteiro, tia de Karina, revela que a universitária está otimista quanto às possibilidades de recuperar os movimentos do corpo.
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"Ela vem reagindo muito bem, já teve muita tristeza por não entender o porquê disso tudo. De início, os médicos disseram que seria muito difícil voltar a andar. Mas, após a cirurgia como viram q não houve uma secção medular, mas sim uma compressão, eles passaram a falar que o prognóstico dela só dependeria dela mesmo e que em um ano ela poderia recuperar os movimentos através da reabilitação", revelou a tia.
"Karina vive uma nova vida. Foi um renascimento. Não dá para olharmos para aquilo que ela perdeu, mas sim ter esperanças em tudo o que ela pode ganhar. Ela recuperando a coordenação nas mãos ela pode voltar a estudar", complementou Kátia.
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