A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público Estadual contra 16 pessoas, incluindo advogados e um policial civil, supostamente ligados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Os suspeitos fazem parte da investigação do Gaeco (Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado) que resultou na operação denominada como Fast Track. Os denunciados devem responder pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, receptação, corrupção ativa e corrupção passiva.Veja também: Operação policial atinge família de Marcola, líder do PCC Segundo o Ministério Público, durante as investigações, o Gaeco detectou que um integrante da facção criminosa mantinha 47 advogados ativos em 24 Estados e no Distrito Federal na em contato com a célula jurídica da organização. Ainda segundo as investigações, entre novembro de 2018 e setembro deste ano, o PCC arcou com cerca de R$ 6 milhões na manutenção da chamada “sintonia dos gravatas”, que é dos advogados. O Ministério Público aponta que "os pagamentos eram feitos com valores em espécie, por meio de múltiplos depósitos fracionados, a partir de sete agências bancárias da zona leste de São Paulo, com distribuição para todo território nacional". A denúncia foi aceita pelo juiz Ulisses Augusto Pascolati Junior, da 2ª Vara Especializada em Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.