Justiça adia júri de ex-PM e GCM acusados pela maior chacina de SP
Decisão ocorreu após advogado dos réus afirmar estar com suspeita de covid-19. Resultado do teste deu negativo e julgamento ocorrerá em fevereiro
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O Tribunal de Justiça de São Paulo adiou o novo julgamento do ex-policial militar Victor Cristilder dos Santos e do guarda-civil municipal Sérgio Manhanhã para o dia 22 de fevereiro do ano que vem. Ambos foram presos acusados de participação na maior chacina do estado de São Paulo, em Osasco.
Relembre o caso: Chacina de Osasco: PM é condenado a mais de 119 anos de prisão
De acordo com o Tribunal de Justiça, a decisão ocorreu porque o advogado dos réus, João Carlos Campanini, informou, no sábado (21), ter apresentado sintomas de covid-19. Segundo o advogado, porém, o resultado do exame que diagnostica a presenção do coronavírus deu negativo. "Tive dificuldade para respirar, cefaléia, dores no corpo e tosse", afirmou.
O júri popular de Cristilder e Manhanhã estava marcado para a última segunda-feira (23), no Fórum Criminal de Osasco, na Grande São Paulo. A decisão pelo adiamento foi tomada pela juíza Elia Kinosita Bulman, uma vez que o julgamento seria presencial.
Veja também: Chacina de Osasco: PM diz ter sido confundido com outro policial
A chacina da qual são acusados de participação ocorreu em agosto de 2015. Ao todo, 23 pessoas foram baleadas e mortas e outras sete ficaram feridas a tiros em quatro cidades: Itapevi, Carapicuíba, Barueri e Osasco. Segundo a acusação, os ataques foram cometidos por agentes de segurança que se reuniram para vingar o assassinato de um policial militar.