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Justiça condena 9 PMs por assassinato de motoboy em 2010

No quartel, Eduardo Pinheiro dos Santos foi espancado até a morte. Após o deixarem na rua, policiais forjaram ocorrência

São Paulo|Marcos Rosendo, da Agência Record

Caso ocorreu no bairro da Casa Verde, em 2010
Caso ocorreu no bairro da Casa Verde, em 2010

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou nove policiais militares pelo assassinato de um motoboy, ocorrido há mais de 11 anos, na zona norte de São Paulo.

Eduardo Luiz Pinheiro dos Santos, de 30 anos, foi morto no dia 10 de abril de 2010, após ser espancado e torturado dentro de um Batalhão da Polícia Militar, no bairro da Casa Verde.

Ele foi abordado pela polícia, que foi acionada depois que dois homens começaram a discutir e a brigar por um suposto roubo de uma bicicleta. Eduardo foi colocado na viatura policial e levado para sede da 1ª Companhia do 9º Batalhão da Polícia Militar, na Casa Verde.

No quartel, o motoboy foi espancado até a morte. Desfalecido, foi colocado em uma viatura e abandonado no meio da rua.


Minutos depois, os policiais militares retornaram e forjaram uma ocorrência em que teriam encontrado um homem ferido e agonizando no asfalto.

Os policiais militares colocaram Eduardo na viatura e o levaram para o hospital, mas ele já chegou sem vida à unidade de saúde.


Passados mais de 11 anos da morte de Eduardo, o julgamento dos nove policiais militares aconteceu na sexta-feira (22). O juiz Fabrizio Sena Fusari, da 32ª Vara Criminal da Capital, condenou os nove réus.

Dois policiais foram condenados a penas de 12 e três meses, em regime fechado, pelo crime de tortura e mais dois anos e dois meses por fraude processual.


Três policiais militares foram condenados a 12 anos por crime de tortura.

Dois policias militares foram condenados a dois anos e dois meses pelo crime de fraude processual, em regime semiaberto.

Dois policiais militares foram condenados a dois anos e quatro meses por fraude processual.

Na sentença, o magistrado estabeleceu que todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade.

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