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Justiça condena donas e funcionária da escola Colmeia Mágica de SP; penas somadas chegam a 96 anos

As denúncias vieram à tona em março de 2022 após vídeos de crianças amarradas e chorando circularem nas redes sociais

São Paulo|Do R7

Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa
Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa Fachada e interior da Escola de Educação Infantil Colmeia Mágica, no Jardim Formosa

As proprietárias e uma funcionária da escola Colmeia Mágica foram condenadas, nesta segunda-feira (27), a mais de 96 anos de prisão por torturar e maltratar ao menos nove crianças em março de 2022. A informação foi confirmada pela advogada de acusação Ana Carolina Badaró e pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) ao R7.

Roberta Regina Rossi Serme, uma das proprietárias da escola, recebeu a pena de 49 anos, nove meses e dez dias de prisão em regime inicial fechado, além de um ano e quatro meses em regime inicial semiaberto. 

Irmã e sócia de Roberta, Fernanda Carolina Rosse Serme, foi condenada a 13 anos e quatro meses de detenção em regime inicial semiaberto. Enquanto a funcionária Solange da Silva Hernandez, foi sentenciada a 31 anos, um mês e dez dias de prisão em regime inicial fechado, e oito meses em regime inicial semiaberto.

As irmãs estão presas preventivamente na Penitenciária Feminina "Santa Maria Eufrásia Pelletier" de Tremembé, no interior de São Paulo, desde o ano passado por decisão da Justiça. Já a empregada respondia ao processo, que tramita em segredo, em liberdade.

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A reportagem não conseguiu entrar em contato com os advogados de defesa das condenadas até o momento. De acordo com o TJ-SP, ainda cabe recurso contra a decisão. 

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Crianças amarradas

As denúncias vieram à tona após vídeos circularem nas redes sociais. As imagens mostravam crianças, com os braços amarrados, alimentadas dentro de um banheiro e chorando no interior da escola Colmeia Mágica, localizada na Vila Formosa, zona leste da capital.

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Na gravação, ao menos quatro alunos, dois dos quais embaixo da pia, estavam com os braços envolvidos em panos.

Segundo relatos de pais e mães, denúncias contra a escola são antigas. Após a formalização, as redes sociais do colégio foram retiradas do ar. Os muros da escola foram pichados com palavras como "desumano", "crime", "lixo" e "justiça".

Além da investigação da Polícia Civil, a Prefeitura de São Paulo apurou que a unidade havia funcionado por 16 anos sem permissão da gestão municipal. Desde o escândalo, em março, a escola infantil está fechada.

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