Justiça volta a conceder prisão domiciliar a Roger Abdelmassih
Ex-médico de 76 anos cumpre pena por abuso sexual de pacientes. Na decisão, juíza considerou piora no estado de saúde
São Paulo|Marcos Rosendo, da Agência Record
O ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 173 anos de prisão pelo abuso sexual de pacientes, teve prisão domiciliar concedida nesta quarta-feira (5) por decisão da juíza Sueli Zeraik, da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Tremembé.
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No ano passado ele chegou a ser liberado, no mês de abril, para cumprir pena em regime domiliciar por pertencer ao grupo de risco para o novo coronavírus. Ele tem 76 anos e comorbidades cardíacas e respiratórias. No entanto, Abdelmassih voltou ao presídio após recurso do MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
Na decisão desta quarta, a juíza registra que houve "sensível piora" no quadro clínico do preso. O texto cita um laudo médico pericial de novembro do ano passado que descreve a situação do ex-médico: "perda de massa muscular, aspecto de caquexia, fala baixa com lentidão de raciocínio e dificuldade para evocar acontecimentos. Trazido ao consultório com cadeira de rodas. Levanta-se com dificuldade e deita-se na maca sem apresentar desconforto".
Além disso, ao relatório aponta "impossibilidade de tratamento eficiente estando ele no cárcere", afirma a juíza.
O texto determina uso de tornozeleira eletrônica, que deve ser fornecida pela Administração Penitenciária. Além disso, ele deve passar por perícia médica semestral, ou a qualquer momento em que haja mudança do estado de saúde.
Abdelmassih deve permanecer em casa a qualquer hora do dia ou noite, exceto para tratamento médico e hospitalar ou com prévia autorização judicial. Ele não pode deixar o país ou a cidade de residência autorização judicial. Em caso de alteração de endereço, a justiça deve ser comunicada imediatamente.