Batatinha foi condenado a mais de dez anos de prisão
Reprodução/Record TVO STJ (Supremo Tribunal de Justiça) revogou, na última terça-feira (22), o habeas corpus que havia sido concedido a Leonardo da Vinci Alves Lima, o "Batatinha" do PCC (Primeiro Comando da Capital).
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A decisão foi tomada pelo STJ após um pedido do MPSP (Ministério Público de São Paulo) e do MPF (Ministério Público Federal), que protestavam contra a soltura de Batatinha, concedida pelo ministro Sebastião Reis Júnior.
À época, a defesa do condenado entrou com um pedido de habeas corpus alegando ilegalidade na abordagem realizada pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). De acordo com os policiais, Batatinha foi parado porque os militares suspeitaram de um aparente “nervosismo” do então suspeito, em 2019.
Durante a busca pessoal, os PMs da Rota encontraram 2 kg de cocaína com Batatinha, que teria confessado durante a abordagem ser integrante do PCC e chefiar o tráfico de drogas na comunidade de Paraisópolis, na capital paulista, em uma tentativa de intimidar os militares.
O procurador-geral de Justiça do MPSP, Mario Sarrubbo, destacou que a ação dos PMs foi feita após Batatinha estacionar sobre a calçada ao ver a equipe da Rota em deslocamento. Na opinião da autoridade, essa ação do condenado já dá direito aos militares de realizar perguntas ao suspeito.
"A abordagem, nessa situação, é legal, mesmo porque, até então, o interesse dos policiais estava voltado a saber o motivo pelo qual o paciente [Batatinha] parou em cima de uma calçada, em flagrante violação às normas de trânsito, apenas porque deparou com uma viatura, o que justifica, em qualquer lugar deste planeta, que agentes de segurança pública solicitem, no mínimo, uma explicação ao condutor do veículo e procedam à sua identificação", ressaltou Sarrubbo.
Não há informações sobre quando Batatinha pode retornar ao regime fechado.