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Lula e Tarcísio entram em acordo sobre construção de túnel entre Santos e Guarujá

Obra, discutida há cerca de cem anos, terá parceria entre governo federal e de São Paulo ao custo de cerca de R$ 6 bilhões

São Paulo|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Governo Federal e Governo de SP fecham parceria para obra do PAC
Governo Federal e Governo de SP fecham parceria para obra do PAC Governo Federal e Governo de SP fecham parceria para obra do PAC (Ricardo Stuckert/PR)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), chegaram a um acordo nesta terça-feira (30) para colaborar na construção do túnel submerso entre Santos e Guarujá, as duas maiores cidades do litoral de São Paulo, ideia já discutida há quase cem anos. A obra faz parte das ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem um custo estimado de cerca de R$ 6 bilhões. 

"Também falamos de outros projetos, como o trem São Paulo-Campinas e a expansão de Institutos Federais (IFs) no estado de São Paulo. Queremos construir 100 novos IFs em todo o Brasil ainda no nosso mandato", comentou Lula nas redes sociais. A reunião, que contou com a presença de ministros do governo, ocorreu no Palácio do Planalto.

Após o encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, comemorou a parceria. "Muito estavam céticos com os investimentos do PAC, nós estamos materializando", afirmou. Inicialmente, o governo federal havia sinalizado que a obra seria conduzida por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), o que excluiria a participação do governo paulista na obra. No entanto, o movimento foi criticado por Tarcísio e por parlamentares de São Paulo, que argumentaram que o modelo iria atrasar a entrega da obra.

A ligação seca entre Santos e Guarujá é discutida há quase um século. Em 1927, foram apresentados os primeiros estudos para a construção de um túnel escavado para a passagem do bonde elétrico. Em 1948, o governador do estado propôs a construção de uma ponte levadiça que permitiria a passagem dos navios.

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Em 1970, a proposta foi de ponte com acesso helicoidal, mantendo-se o gabarito para a passagem dos navios. Em 2011, o governo decidiu pelo túnel submerso, apresentando os projetos e o estudo ambiental para abrir a licitação, mas o processo foi cancelado em janeiro de 2015.

O assunto também foi discutido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na época, a ideia era desestatizar a Autoridade Portuária de Santos e criar a empresa Túnel S.A, que seria responsável pela construção do túnel, com investimento total previsto de R$ 16 bilhões.

Mais recentemente, em dezembro do ano passado, o Porto de Santos aprovou a contratação da Fundação Vanzolini para elaborar a modelagem jurídica e econômica do empreendimento.

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