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Marielle: mães de jovens mortos em chacina se unem e fazem protesto

Manifestação acontece no vão livre do Masp, às 10h, na avenida Paulista. O PSOL, partido da vereadora, confirmou presença no ato

São Paulo|Plínio Aguiar, do R7

Marielle Franco (PSOL) e motorista Anderson Gomes foram mortos no RJ
Marielle Franco (PSOL) e motorista Anderson Gomes foram mortos no RJ

As balas que assassinaram a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o motorista Anderson Pedro Gomes, no dia 14 de março no centro do Rio de Janeiro, pertencem ao mesmo lote de balas usadas na maior chacina de São Paulo, em agosto de 2015, no qual 23 pessoas foram mortas. Por isso, um grupo de mães de jovens mortos em Osasco e Barueri se juntaram e marcaram um protesto para este sábado (24) no centro de São Paulo.

A manifestação acontece no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand), às 10h, na avenida Paulista. O PSOL, partido da vereadora, confirmou que representantes estarão presentes no ato.

Entre os dias 8 e 13 de agosto de 2015, 23 jovens foram executados a tiros nas cidades Osasco, Carapicuíba, Barueri e Itapevi. Meses antes, em 12 de fevereiro, quatro pessoas já tinham sido mortas no Jardim Helena, na zona leste da capital. O lote de balas da chacina é o mesmo das balas que vitimaram Marielle e Gomes — contém 10 mil munições e foi entregue em 2006 pela CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).

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Após a chacina de Osasco, a Corregedoria da Polícia Militar pediu esclarecimentos à CBC sobre a distribuição do lote. A empresa infromou que o lote UZZ18 foi vendido para a Polícia Federal, que o distribuiu para vários estados, como Goiás, Roraima, Sergipe e Brasília.


Elas foram produzidas no Rio Grande do Sul pela empresa CBC. Na investigação da chacina de Osasco, a Polícia Militar de São Paulo não conseguiu identificar ou rastrear se as balas do lote UZZ18 foram roubadas de algum batalhão.

As investigações sobre o caso Marielle e Gomes seguem em sigilo, como determinação da Polícia Civil. "Como se trata de um caso muito delicado, fizemos uma reunião e decidimos manter o sigilo e a não divulgação de informações", afirmou o delegado Fábio Cardoso, um dos responsáveis pela apuração do caso.

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