Máscara de palhaço, munições e drogas são apreendidas na Cracolândia, no centro de SP

Depois de terem de brigar com usuários de drogas da região da Cracolândia para proteger suas lojas de saques e vandalismo, os comerciantes vivem em um estado ainda maior de alerta por conta das constantes confusões provocadas por usuários de drogas que se concentram principalmente na esquina entre a avenida Rio Branco e a rua dos Gusmões, a poucos metros da rua comercial

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022

Na quarta-feira (6), uma ação de zeladoria próxima ao hospital Pérola Byington causou revolta entre os usuários, que se espalharam pela região e depredaram comércios, incluindo os da Santa Ifigênia. Os comerciantes reagiram e usaram paus para bater e expulsar a população da rua

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022

Um dia depois, os usuários arrombaram a porta de uma loja na avenida Rio Branco. A violência gerou protesto de mais empresários, que fecharam seus estabelecimentos e saíram às ruas para pedir por mais segurança. O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), atribuiu os ataques à escassez de droga na Cracolândia. Segundo ele, a dispersão de usuários e redução da circulação de drogas é fruto de ações da Polícia Civil e prefeitura. Nunes afirmou que seria necessário passar pela 'fase de conflitos'

Willian Leite / Record TV

'O negócio deles [usuários de drogas] é usar droga, você pode passar ali na frente que eles não vão mexer. Quando a polícia mexe com eles, eles saem que nem loucos, vêm quebrando tudo o que veem pela frente', relata Gilmar, proprietário de um estabelecimento comercial

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022

Depois de passarem por diversos pontos da região central da capital, os usuários e traficantes tentam se fixar em diversos pontos do centro, onde logo se tornam alvos de operações policiais. O objetivo dessas ações é não permitir que a população forme uma grande aglomeração. A migração começou no fim de março deste ano, por uma suposta ordem da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). 

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022

O refúgio, no início da migração, foi a praça Princesa Isabel. A concentração ficou na área até o início de maio, quando outra megaoperação dispersou o 'fluxo' mais uma vez. Outra ação foi registrada pouco mais de uma semana depois, na rua Doutor Frederico Steidel. Nas semanas seguintes foram registrados  vários pontos de aglomeração, que passaram pela rua Helvétia, rua dos Gusmões e avenida Rio Branco

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022

Como palco da última confusão, a rua Santa Ifigênia recebeu um reforço do policiamento com agentes da Polícia Militar e Guarda Civil Municipal. O policiamento foi reforçado dias após usuários de drogas terem invadido e destruído comércios na região comercial de São Paulo

Edu Garcia/R7 - 09.07.2022