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Megaoperação no centro de São Paulo prende chefe do PCC e guardas civis metropolitanos

Leonardo Monteiro Moja estava em liberdade condicional e seria dono de hotéis usados por traficantes

São Paulo|Laura Lourenço, da Agência RECORD

Imóveis usados pelo PCC foram alvos da polícia WILLIAN MOREIRA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 06.08.2024

Um homem considerado uma liderança do PCC foi preso na operação Salus et Dignitas, deflagrada nesta terça-feira (6) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de São Paulo, para combater o crime no centro de São Paulo.

Leonardo Monteiro Moja estava em liberdade condicional e seria o dono de hotéis e estabelecimentos comerciais usados por traficantes, segundo o governo do estado. Os imóveis estão registrados em nomes de laranjas.

Guardas civis metropolitanos também estão entre os alvos de mandados de prisão. Eles teriam se associado ao PCC em um esquema de proteção ilegal.

A Prefeitura de São Paulo informou que no caso de um deles, Elisson de Assis, o pedido de prisão foi solicitado ao Ministério Público pela própria administração municipal, em junho do ano passado. ”O processo foi arquivado pelo Ministério Público em janeiro deste ano, mas a prefeitura continuou apurando as denúncias envolvendo o agente. O processo de expulsão de Elisson de Assis está concluído”, disse a prefeitura em nota.


Até o meio-dia, agentes haviam batido em 50 locais determinados pela Justiça, onde foram apreendidos 65 celulares, cinco computadores, além de discos rígidos e pen-drives. Também foram removidos 40 veículos.

A operação Salus et Dignitas visa desarticular um “ecossistema” do PCC na região central. Segundo as investigações, a facção está envolvida em diversos ilícitos, incluindo crimes ambientais, devido a ferros-velhos, incentivo à prostituição e trabalho análogo à escravidão.


Os imóveis que forem identificados como pontos de tráfico perderão a licença de funcionamento e serão lacrados pelo município.

A ação de hoje conta com o apoio das polícias Civil e Militar de SP, das polícias Federal e Rodoviária Federal, da Receita Federal, do Ministério Público do Trabalho e da Prefeitura de São Paulo.


Íntegra da nota da prefeitura

“A Prefeitura de São Paulo informa que, seguindo uma determinação do Prefeito Ricardo Nunes, solicitou, em junho de 2023, ao Ministério Público a prisão preventiva do guarda civil metropolitano Elisson de Assis. O pedido constou de notícia-crime protocolada ao GAECO. O processo foi arquivado pelo Ministério Público em janeiro deste ano, mas a Prefeitura continuou apurando as denúncias envolvendo o agente. O processo de expulsão de Elisson de Assis está concluído.

Antônio Carlos Amorim Oliveira e Renata Oliva de Freitas Scorsafava já foram afastados e o processo de expulsão está em andamento. Rubens Alexandre Bezerra foi expulso da corporação em 31/07/2019.

Operação conjunta

A Prefeitura participou, com o governo do Estado e o próprio Ministério Público Estadual, de todas as discussões sobre a operação deflagrada nesta terça-feira (06) na região central da cidade. Foram quatro reuniões realizadas nos últimos dias, sendo duas delas com a presença do prefeito Ricardo Nunes, ao lado do governador Tarcísio de Freitas.

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Além disso, secretários estaduais e municipais estiveram reunidos para discutir a atuação dos órgãos participantes da operação. A Prefeitura conta com cerca de 500 agentes nas ruas hoje prestando apoio e atendimento nas áreas de segurança, assistência social e saúde, além das equipes responsáveis pela interdição de imóveis alvos da operação.”

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