Menino de 9 anos encontra arma do pai, atira na cabeça e morre
Delegado diz que aguarda perícia para determinar se houve omissão por parte do genitor em relação ao acesso à arma. Pai relatou que tem licença para colecionador
São Paulo|Letícia Dauer e Kaic Sousa, da Agência Record, com informações do Cidade Alerta
Um menino de apenas nove anos morreu após pegar a arma do pai e atirar na própria cabeça. O caso ocorreu em Ferraz de Vasconcelos, na região metropolitana de São Paulo, na segunda-feira (11).
De acordo com o boletim de ocorrência, o menino estava na sala com a mãe, vendo televisão, enquanto o pai dele, César Felipe da Silva Luz, de 32 anos, estava deitado no quarto com o irmão.
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Em determinado momento, a criança disse à mãe que iria até a cozinha para pegar algo para comer. Nesse momento ele encontrou a arma do pai que estava em cima do armário.
Após alguns instantes, os pais ouviram um barulho de disparo. Na cozinha, o menino foi localizado com ferimento na cabeça e caído no chão. Rapidamente, a família ligou para o 190 e pediu ajuda para os vizinhos.
O menino foi socorrido e encaminhado para o Hospital Municipal de Ferraz de Vasconcelos, onde não resistiu aos ferimentos.
Segundo César Felipe, ele possui uma pistola com registro para CAC (Colecionador, Atirador e Caçador). Em depoimento aos policiais, ele ainda relatou que guarda a arma em diversos locais para que seus filhos nunca a encontrem.
Anteriormente, o pai também já tinha apresentado a pistola para o garoto para mostrar que o artefato é perigoso e para sanar eventual curiosidade.
"Disse que na data dos fatos, havia colocado sua arma de fogo em cima do armário da cozinha, com o carregador dentro da mesma, todavia, sem o projétil na câmara, bem como com a trava de segurança acionada", afirma no boletim de ocorrência.
No documento, o delegado Gabriel Budemberg Sandroni também afirma que está aguardando o resultado do laudo pericial - que analisará a dinâmica do evento, a posição da arma e as condições da pistola - para determinar se "houve realmente a necessária omissão na cautela da arma de fogo facilitando o acesso da vítima ao armamento" por parte do pai.
A Polícia Civil também vai colher o depoimento da mãe que, por enquanto, não pode ser ouvida por estar sob efeito de medicação em razão do estado de choque.
O caso foi registrado como homicídio culposo na Delegacia de Ferraz de Vasconcelos.