Metanol: em uma semana, consumo de bebidas alcoólicas cai 50% em SP
Na última semana, setor de bares e restaurantes registrou queda de 30% no faturamento
São Paulo|Bruna Pauxis, do R7, em Brasília
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Em meio aos casos de contaminação pelo consumo de bebidas alcólicas misturadas com metanol, o setor de bares e restaurantes em São Paulo registrou uma queda de 30% no faturamento na última semana, enquanto o consumo de bebidas alcoólicas foi reduzido pela metade.
Os dados são da Fhoresp (Federação de Bares e Restaurantes de SP), que, em conjunto com a ABCF (Associação Brasileira de Combate à Falsificação), publicou uma nota sobre a crise do metanol.
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As duas organizações destacam a fragilidade na fiscalização de produtos e defendem o retorno do Sicobe (Sistema de Controle de Produção de Bebidas), extinto em 2016, que tinha como principal função o rastreio de bebidas.
“A ausência de um controle efetivo, como o do Sicobe, facilita a ação do crime organizado e coloca em risco a vida dos cidadãos, o que é inaceitável. Isso também atenta contra o sustento e a geração de empregos em todo o setor de bares e restaurantes, tão importante para a economia brasileira”, afirmaram as entidades.
De acordo com a ABCF, a falsificação de destilados cresceu 25,8% entre 2023 e 2024. Um estudo da Fhoresp, publicado em abril de 2025, apontou que 36% das bebidas comercializadas no país eram adulteradas.
“Estamos numa emergência sanitária e agindo no escuro. É preciso que o Brasil retome o sistema de verificação da produção das bebidas desde a origem. Seria uma forma de fechar o cerco contra as falsificações”, defendeu o diretor-executivo da Fhoresp, Edson Pinto.
“Não sabemos ainda a dimensão dos lotes contaminados. Contudo, é hora de repensar como o Brasil tem atuado no controle do comércio”, completou.
O Ministério da Saúde atualizou, na noite desta segunda-feira (6), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Segundo a pasta, 17 casos foram confirmados e 200 estão sendo investigados.
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