Metralhadoras do Exército iriam para o PCC, diz secretário da Segurança de São Paulo

Parte do arsenal seria destinada ao Comando Vermelho, segundo Guilherme Derrite. Nove armas foram recuperadas em São Roque

21/10/2023 - 15h58 (Atualizado em 16/02/2024 - 01h47)

O secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou neste sábado (21) que as nove metralhadoras furtadas do Exército e recuperadas em uma área de mata em São Roque (SP) iriam para as facções criminosas PCC e Comando Vermelho.

“Tinham endereço certo. Informação que se tem é que tanto Comando Vermelho como PCC seriam os destinatários finais desse armamento”, afirmou o secretário em entrevista a jornalistas após evento na capital paulista.

O entendimento é que o arsenal de 21 metralhadoras que haviam sumido do arsenal de guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, seria destinado às facções criminosas. Oito armas já haviam sido recuperadas no Rio de Janeiro.

A investigação mostra, ainda, que um grupo criminoso é responsável por intermediar a chegada das armas do Exército para as facções. O nome do grupo não foi divulgado, para preservar as investigações. Segundo o secretário, o acesso ao armamento teria sido facilitado por algum representante das Forças Armadas.

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Agora, as equipes de segurança de São Paulo e de outros estados trabalham para encontrar as quatro armas ainda desaparecidas.

Lamaçal

A Polícia Civil de São Paulo encontrou, na noite de sexta-feira (20), nove metralhadoras. O delegado Marcelo Prado e a equipe do 1° Distrito Policial de Carapicuíba tinham recebido a informação de que o armamento seria entregue a integrantes de uma facção criminosa.

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A equipe dirigiu-se ao local, próximo a São Roque, na região metropolitana de Sorocaba, onde foi recebida com disparos de arma de fogo pelos suspeitos, segundo a polícia. Os criminosos conseguiram fugir.

No local, em um terreno coberto por lama, foram encontradas as armas, sendo cinco metralhadoras calibre .50 e quatro calibre 7.62.

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Uma equipe do Exército foi até à delegacia e, como a numeração dos armamentos continua visível, foi confirmado que são as armas furtadas do quartel.

O secretário da Segurança paulista, Guilherme Derrite, comemorou a recuperação de parte do armamento furtado. "Estamos falando aqui que muitas vidas foram salvas com a recuperação dessas armas. Destrói qualquer tipo de blindagem convencional com que estamos acostumados", afirmou.

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