Metrô diz pagar salário médio de R$ 11 mil e quase R$ 2.400 por mês em benefícios a grevistas
Fonte da direção afirma que funcionários, que querem abono e contratações, têm estabilidade e plano de saúde de primeira linha
São Paulo|Do R7
O Sindicato dos Metroviários iniciou greve a partir da 0h desta quinta-feira (23). Os funcionários reclamam da falta de propostas para o pagamento de abono salarial e pedem novas contratações por meio de concurso público, mas a direção do metrô questiona as reivindicações.
Porém, informações obtidas pela Record TV com uma fonte da direção do Metrô mostram que o salário médio dos funcionários é de R$ 11 mil e os benefícios — plano de sáude, auxílio-creche, vale-refeição e vale-alimentação — totalizam R$ 2.399 por mês.
A paralisação foi decidida após uma votação na reunião entre os metroviários, na sede do sindicato da categoria, na noite de quarta-feira (22). No entanto, de acordo com fontes do governo, muitas das exigências não condizem com a realidade vivida pelos funcionários.
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Salário médio no Metrô
Segundo informações da direção do Metrô, os metroviários têm estabilidade no emprego e salário médio de R$ 11 mil (houve um reajuste de 12,26% em maio de 2022), além de receberem 13º, hora extra, adicional noturno, gratificação por resultado, gratificação por tempo de serviço, vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, seguro de vida, auxílio-transporte, auxílio-funeral, auxílio-creche e auxílio-doença com cobertura total médica e odontológica.
De acordo com a fonte da direção do Metrô, os metroviários recebem 13º salário e vale-refeição e vale-alimentação de mais de R$ 1.545 por mês. Além disso, são mais R$ 854 por mês para garantir creche para seus filhos. Somando-se esses benefícios, são R$ 2.399 por mês.
Ainda segundo dados da direção, o Metrô ultrapassa a exigência mínima determinada pela lei em relação ao pagamento de benefícios. Os funcionários recebem 100% de hora extra, 50% do adicional noturno e 70% da gratificação de férias.
A direção do Metrô e o governo de São Paulo questionam a real intenção da greve dos metroviários, mesmo após o aumento de 20% no salário dos funcionários nos últimos dois anos.
As Linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata estão paralisadas, sem previsão de retomada do funcionamento normal. Linhas da CPTM e ônibus estão superlotados, e o trânsito chegou a bater recorde na capital paulista, com 846 quilômetros de congestionamento.