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O Estado de São Paulo vive, nesta terça-feira (13), o segundo dia da fase vermelha, um pouco menos restritiva do que a emergencial, que ficou em vigor até domingo (11). Os usuários de transportes públicos enfrentam mais um dia de superlotação. Na estação Barra Funda do metrô, na capital paulista, passageiros se expõem a riscos no trajeto para o trabalho
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A estação da Luz, na capital paulista, amanheceu, nesta terça-feira (13), lotada de passageiros que precisam utilizar trens e metrô para trabalhar. Na manhã da segunda-feira (12), usuários de transporte público relataram sentir medo da exposição em vagões lotados e indignação com as restrições impostas pelo governo de São Paulo na fase vermelha, cujo pacote deixou de fora a regulamentação e fiscalização para o transporte
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A operadora de telemarketing, Talita Moreira, de 31 anos, faz diariamente o trajeto Pirituba, na zona norte da capital, até a estação República, no centro da cidade. Ela não teve covid-19, mas teme pela saúde da mãe, que é do grupo de risco e mora com ela. “O transporte está assustador, se eu pudesse, não pegaria de jeito nenhum. Tinha que ter isolado lá no início, cancelado o Carnaval, agora está descontrolada [a pandemia]”, lamenta
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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O técnico de enfermagem do Hospital das Clínicas, Felipe Marque Vieira, acredita que a situação tem piorado. Ele sai de Francisco Morato, na Grande São Paulo e vai até a estação Oscar Freire na linha 4-Amarela. “Foi ótimo o megaferiado, essa semana já voltou ao normal, muito cheio e está cada vez pior. Se depender de condução, não existe pandemia. É muito jogo político, estão pensando em 2022 e esquecendo o agora, aí o povo fica a mercê”, diz
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A professora de português, Elisêngela de Lima, de 48 anos, foi vacinada no sábado (10). Ela trabalha presencialmente às terças e quintas em uma escola em Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital, e sai de Pirituba, na zona norte, onde mora. “O governo está péssimo, está tudo errado”, enfatiza
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Danilo Laurindo, de 36 anos, também responsabiliza o governo pela aglomeração no transporte público de São Paulo. “Transporte está bem cheio essa semana, voltou ao comum. O maior responsável é o Doria, está fazendo isso para se promover a presidente, ninguém tá pensando em resolver o problema e, sim, em se promover”, afirma o técnico de refrigeração.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A auxiliar de escritório, Talita Guimarães, de 26 anos, depende do trem para chegar ao trabalho. Ela sai de São Caetano, no ABC Paulista, e vai até a Luz, na região central da capital. Ela disse que está se cuidando para não ser infectada pelo coronavírus, mas reclama da lotação do transporte: “No feriado estava bem mais tranquilo, ontem e hoje estão bem cheios os trens. Deveria ser estudada uma forma mais eficaz, porque a gente fica sem opção e precisa trabalhar”
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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O risco de contaminação no transporte, nessas condições, é altíssimo, avalia o epidemiologista Paulo Petry, professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). A combinação de grande número de pessoas, espaço pequeno e pouca ventilação favorece um risco excessivo não só dentro do transporte, mas também entre as pessoas que convivem com os passageiros.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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O Centro de Contingenciamento de Coronavírus de São Paulo recomendou ao governo do estado um escalonamento no horário de entrada no trabalho para funcionários do comércio, indústria e serviços. Entretanto, o que se vê nas estações de trens e metrô são as aglomerações que elevam o risco de contágio
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A Record TV flagrou composições cheias e plataformas abarrotadas na estação Luz, na região central de São Paulo. A superlotação era de passageiros que desembarcavam dos trens vindos de regiões da Grande São Paulo
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Alguns usuários tocavam o corrimão da escada rolante e não havia álcool em gel à disposição dos usuários. Outras pessoas preferiam esperar as plataformas esvaziarem antes de buscar uma saída da estação
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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O paulistano que mora na periferia pouco teve a possibilidade de aderir à campanha 'fique em casa' e, majoritariamente, dependente do transporte coletivo, enfrentando dificuldades para escapar da transmissão do coronavírus
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A fase vermelha voltou a valer na segunda-feira (12) e, inicialmente, segue até o dia 18 de abril. O toque de recolher das 20h às 5h segue em vigor, assim como a restrição de atendimento presencial em todos os serviços essenciais e o reforço da fiscalização sobre eventos e aglomerações.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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A fase do Plano SP alterou poucas regras nas restrições impostas ao comércio, mas não impôs mudanças ao transporte público. Passageiros seguem amontoados nos ônibus e nos vagões do Metrô e da CPTM
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Os horários indicados pelo Centro de Contingenciamento do Coronavírus são de entrada das 5h às 7h e saída das 14h às 16h para profissionais da indústria, entrada das 7h às 9h e saída das 16h às 18h para os de serviços; e entrada das 9h às 11h e saída das 18h às 20h para os do comércio.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Por meio de nota, o governo do Estado informou que a Secretaria dos Transportes Metropolitanos está com 'Operação Monitorada' desde o início da pandemia e 'atua com avaliação sistemática a cada faixa de horário, para atender a necessidade do cidadão.'
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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De acordo com a pasta, em março de 2020, a demanda chegou a cair 80% em relação a um dia normal e na semana passada – último dado disponível - a queda era de 61% na média entre as três empresas, Metrô, CPTM e EMTU. Antes da pandemia, as empresas transportavam juntas cerca de 10,5 milhões de passageiros por dia.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Para tentar conter o avanço da covid-19, apenas serviços essenciais podem funcionar no estado e há toque de recolher entre 20h e 5h. A capital paulista mantém em vigor o rodízio noturno de veículos a partir das 20h, dependendo do final da placa do carro.
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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Já a frota de ônibus das linhas municipais da cidade de São Paulo foi mantida acima da demanda, informou a SPTrans (São Paulo Transporte). 'No momento, a frota está mantida em 93,34% nos bairros mais afastados do centro e em 88,25% em toda a cidade, para uma demanda de menos da metade', declarou o órgão por meio de nota
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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O órgão disse ainda que a equipe técnica da SPTrans monitora diariamente o deslocamento do passageiro na capital com o objetivo de equilibrar a oferta à demanda na capital paulista
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021
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De acordo com a prefeitura, uma série de medidas preventivas foram adotadas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras, reforço na higienização dos veículos, garagens e terminais, principalmente em locais onde há contato mais frequente dos passageiros, como corrimãos e assentos
Edson Lopes Jr./R7 - 13.04.2021