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'Parece até que covid não existe nesses locais', diz passageira em SP

Governo de São Paulo mantém restrições ao comércio durante fase vermelha, mas transporte público tem manhã de aglomeração

São Paulo|Do R7

Estação da Luz, no centro de São Paulo, registra aglomeração em vagões de trens
Estação da Luz, no centro de São Paulo, registra aglomeração em vagões de trens Estação da Luz, no centro de São Paulo, registra aglomeração em vagões de trens

A fotógrafa e auxiliar de marketing, Ludmilla Corrêa, publicou, nesta segunda-feira (12), por meio das redes sociais uma mensagem de indignação com as aglomerações no transporte público de São Paulo. "A maior loucura nessa pandemia é o descaso com os serviços de locomoção de massa. Parece até que o covid-19 não existe nesses locais, frotas reduzidas, transportes precários, super lotação", escreveu. 

Os usuários de transporte público da capital paulista enfrentam, nesta segunda-feira (12), estações lotadas e aglomeração em vagões de metrôs e trens. Para chegar ao trabalho, passar por consultas médicas e demais compromissos, os paulistanos se expõem a riscos e relatam indignação com as restrições impostas pelo governo de São Paulo na fase vermelha, cujo pacote deixou de fora a regulamentação e fiscalização para o transporte público.

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A jovem Mônica Araújo escreveu, também nas redes sociais, que este é o momento que mais teme desde o início da pandemia. "Eu passo 4h todos os dias no transporte público lotado porque o trabalho não me deixa em home office, eu nunca fiquei tão ansiosa e com tanto medo de pegar esse vírus."

Nesta segunda-feira (12), o estado de São Paulo voltou à fase vermelha, um pouco menos restritiva que a emergencial, que vigorou até domingo (11) no plano de flexibilização econômica. Para o trabalhador paulistano, que pega transporte público, porém, as mudanças são pequenas, uma vez que a capital paulista amanheceu o dia e começou a semana com garagens de ônibus cheias de coletivos sem rodar e o transporte público abarrotado.

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Leandro Stettner acredita que o correto, nesse momento de alta na disseminação do vírus, seria elevar a quantidades de veículos em circulação. "Quem foi o gênio que teve a brilhante ideia de parar a circulação dos ônibus, achando que evitaria aglomeração, o certo era aumentar a quantidade de ônibus circulando."

De acordo com os médicos e especialistas, o transporte público é um dos principais meios para a contaminação com o novo coronavírus, uma vez que há superlotação e o distanciamento social é desrespeitado. "Lockdown para os ricos e funcionários públicos. Câmara de estações para os pobres", diz Eliel Amaro.

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Mesmo com a recomendação do Centro de Contingência do Coronavírus de fazer o escalonamento do horário de entrada dos trabalhadores de acordo com seus setores de atuação, a Record TV flagrou diversas aglomerações em estações de metrô da capital paulista. "Fechar igrejas e não tomar nenhuma providência sobre transporte público lotado é hipocrisia. Não é sobre salvar vidas, é controle social", disse Elainne Farias, pelo Twitter.

Outro lado

A SMT (Secretaria dos Transportes Metropolitanos) afirma que desde o início da pandemia adotou a Operação Monitorada, com avaliação sistemática a cada faixa de horário, para atender a demanda de passageiros.

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Em março de 2020 a demanda caiu 80% em relação a um dia normal e na semana passada – último dado disponível - a queda foi de 61%, na média, entre as três empresas - Metrô, CPTM e EMTU. Antes da pandemia, as empresas transportavam juntas cerca de 10,5 milhões de passageiros por dia, segundo a SMT. A secretaria informa ainda que Plano SP recomenda o escalonamento de entrada e saída de funcionários em atividades essenciais para evitar a concentração nos horários de pico.

A frota de ônibus das linhas municipais da cidade de São Paulo foi mantida acima da demanda apresentada desde o início da pandemia, em março de 2020, informa a prefeitura, por meio da SPTrans. "No momento, a frota do sistema de transportes está mantida em 93,34% nos bairros mais afastados do centro e em 88,25% em toda a cidade, para uma demanda de menos da metade", diz o órgão.

Segundo a SPTrans, em comparação com um dia útil antes da pandemia, a demanda de passageiros dos ônibus municipais caiu de 61% na semana anterior ao retorno da fase vermelha (em 2 de março), para uma média de 39% nos dias 26, 29, 30 e 31 de março e 1º de abril, feriados antecipados. Nesta sexta-feira (9 de abril), Fase Emergencial, a demanda foi de 48%.

O órgão informa ainda que a equipe técnica da SPTrans monitora diariamente o deslocamento do passageiro na capital com o objetivo de equilibrar a oferta à demanda.

Uma série de medidas preventivas também foram adotadas, como a obrigatoriedade do uso de máscaras por passageiros, motoristas e cobradores, o reforço na higienização dos veículos e nos terminais. Além de reforço da da limpeza já realizada diariamente nas garagens em todos os ônibus, a higienização dos ônibus é reforçada entre as viagens, nos terminais municipais, principalmente nos locais onde há contato mais frequente dos passageiros, como balaústres, corrimãos e assentos.

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