Milionária emitiu cheque de R$ 200 mil antes da morte de namorado
Polícia investiga se valor foi usado para pagar corretor de imóveis que confessou assassinato. Imagem da folha estava no celular dele
São Paulo|Thais Furlan, da Record TV
A polícia suspeita que um cheque assinado pela milionária Anne Cipriano Frigo foi usado para o pagar o assassino de Vitor Lucio Jacinto. Uma foto do cheque foi encontrada no telefone de Carlos Alex Ribeiro de Souza, o corretor de imóveis que confessou ter matado Vitor a mando da empresária. A polícia extraiu dados do celular com autorização judicial.
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No valor de R$ 200 mil, ele foi assinado por Anne no dia oito de julho de 2021, ou seja, oito dias antes da morte de Vitor. Em depoimento, Carlos disse que Anne ofereceu a quantia para que ele cometesse o crime.
Anne afirmou que não pagou esse valor como recompensa pela morte de vitor. Disse que fez um repasse nesse valor para Carlos preparar um dossiê sobre seu ex-marido. Carlos negou que foi contradado por anne para fazer essa investigação.
O cheque consta no processo que apura a morte de Vitor. Ele foi assassinado no dia 16 de junho. Carlos confessou o crime. Anne nega as acusações.
O caso
De acordo com a polícia, o casal vivia uma vida luxuosa e tinha duas residências. Anne costumava morar com os filhos no bairro Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul de São Paulo, enquanto Vitor ficava em um imóvel em Alphaville, em Barueri, região metropolitana de São Paulo.
Ao longo do relacionamento, a vítima recebeu vários presentes caros, como relógios da marca Rolex, viagens para Europa, e um carro Porsche, avaliado em R$ 2 milhões. Até que, em determinado período, começaram a discutir muito, a ponto de chegar à separação. Consequentemente, Anne parou de sustentá-lo.
Mas as investigações apontam que, como estava sem dinheiro, Vitor decidiu retomar o relacionamento. As apurações indicam ainda que, enquanto tentavam voltar o namoro, a milionária descobriu várias traições, o que a motivou a planejar a morte de Vitor.
O corretor apontado como executor do crime atuava intermediando compras de carros, imóveis e terrenos para o casal. Segundo a delegada Magali, o corretor era um "faz-tudo" da família. Quando Anne descobriu os relacionamentos extraconjugais, ofereceu o dinheiro para ele matar seu companheiro.
Até que no dia 17 de junho, Carlos convidou Vitor para ver um terreno que estava à venda. A caminho do local, na rodovia Castelo Branco, o corretor pegou uma arma que estava no banco de trás do carro e deu um tiro pelas costas que acertou o coração.
Quando estava escurecendo, o executor levou o corpo até a represa do Guarapiranga, na zona sul da capital, de acordo com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, do DHPP. Em seguida, colocou combustível e ateio fogo no rosto e nos pés da vítima
A polícia encontrou o corpo no dia seguinte. Após exames necroscópico, foi confirmado que a causa da morte foi um tiro no coração.