Modelo achada morta em Ilhabela já foi vítima de violência doméstica
Larissa dos Santos Correia, de 23 anos, morava em Santos, no litoral sul, e teve seu corpo carbonizado. Polícia Civil diz que já tem suspeitos
São Paulo|Do R7*
A modelo Larissa dos Santos Correia, de 23 anos, cujo corpo foi encontrado carbonizado em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, já havia sido vítima de lesão corporal e violência doméstica em 2019. A ocorrência foi registrada no 2º DP de São Vicente. A Polícia Civil já tem alguns suspeitos do crime.
Segundo o boletim de ocorrência, um vizinho da residência disse ter ouvido gritos, mas achou que era uma "briga de casal, pois ali sempre tem casais brigando".
A vítima havia alugado a residência sem contrato e estava na cidade desde quinta-feira (7). Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, enquanto os bombeiros realizavam os procedimentos para apagar o fogo, um homem fez alguns questionamentos e algum tempo depois retornou ao local, mas, quando foram abordá-lo, ele fugiu em um Siena branco.
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O caso
O caso ocorreu no sábado (9), às 23h, em uma residência na rua José Dias Barbosa, no bairro do Perequê. De acordo com imagens de câmeras de monitoramento, um homem chegou ao local por volta das 22h16. Ele enviou mensagens por celular e se dirigiu à parte de trás da casa, retornou e parou em frente ao portão. Naquele momento, Larissa abriu o portão por acionamento eletrônico.
Nas imagens, é possível ver a luz do quarto acesa no momento em que o suspeito entrou no local. Às 22h48, 32 minutos após o homem ter entrado na residência, a luz do quarto é apagada, ele sai e caminha em direção à avenida Princesa Isabel.
Uma vizinha percebeu que o imóvel estava pegando fogo e chamou os bombeiros. Assim que entraram no quarto, eles encontraram o corpo de Larissa em cima da cama, carbonizado. Pelas informações preliminares, ela pode ter sido asfixiada antes de o suspeito ter ateado fogo ao corpo.
De acordo com uma amiga, Larissa morava em Santos, no litoral sul do estado.
Nas imagens do interior da residência, é possível ver a vítima na cama, com as pernas projetadas para o chão e um pano na boca.
Foram localizadas duas máquinas de cartões de crédito, título de eleitor da vítima parcialmente queimado, um carnê de IPTU de Praia Grande e um cartão de chip telefônico molhado.
*Com colaboração de Luis Gubica, da Record TV