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Morumbi concentra 1 em cada 6 sequestros relâmpagos de SP

Mais da metade dos casos aconteceu à noite durante a semana

São Paulo|Do R7*

Bairro do Morumbi, que concentra casos de sequestros relâmpagos na capital
Bairro do Morumbi, que concentra casos de sequestros relâmpagos na capital

Um em cada seis casos de sequestros relâmpagos registrados na capital paulista ocorre na região do Morumbi, zona oeste, aponta levantamento feito pelo R7 com base em dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública obtidos via Lei de Acesso à Informação (veja gráfico abaixo).

De acordo com os registros de ocorrências feitos pela Polícia Civil, 279 sequestros relâmpagos ocorreram na capital paulista entre 1º de janeiro e 31 de agosto.

Só a região do distrito policial do Portal do Morumbi (89º DP) registrou 49 ocorrências. Áreas vizinhas, os distritos policiais de Santo Amaro (11º DP), Campo Limpo (37º DP) e Morumbi (34º DP) aparecem, respectivamente, na segunda, quinta e sexta posição da lista, com 20, 14 e 11 casos.

O levantamento da reportagem aponta ainda que os casos de sequestro relâmpago se concentram nos dias úteis e durante o período noturno.


O dia da semana em que mais acontecem sequestros relâmpagos é terça-feira (55 casos). Domingo, com 20 casos, é o dia da semana com menos registros.

Mais da metade dos casos, 165 (59% dos 279), aconteceram entre as 18h e a 0h. A madrugada, quando parte dos caixas eletrônicos não funcionam, é o período com menos sequestros relâmpago, tendo 23 casos registrados.


Crime típico da capital

O R7 levantou também que o crime é um fenômeno da capital. Cidades da região metropolitana, do interior e do litoral têm poucos registros.

Na Grande São Paulo, o município com mais ocorrências no período é São Bernardo do Campo, com 16 casos. A cidade do ABC Paulista é seguida por Osasco (13 casos) e Guarulhos (6 casos).


Já Campinas, com 8 registros, é a cidade com maior número de casos no interior paulista. Valinhos (3 casos) e Piracicaba (2 casos) vêm na sequência.

38 presos

Questionada, a Secretaria de Estado da Segurança Pública afirmou que a 3ª Delegacia de Polícia de Repressão à Extorsões com Restrição de Liberdade, do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), responsável por investigar casos de sequestro relâmpago, prendeu 32 pessoas e esclareceu 100 casos no período de janeiro a agosto deste ano. 

A pasta disse ainda que as equipes do 89º DP (Portal do Morumbi) e do 11º DP (Santo Amaro) prenderam seis pessoas nesse período. "Importante dizer que a especializada [delegacia do DHPP] vem realizando constantes ações em conjunto com esses dois distritos com objetivo de identificar e prender integrantes das quadrilhas", disse o órgão em nota. 

O crime de sequestro relâmpago foi acrescentado no artigo 158 do Código Penal brasileiro em abril de 2009, prevendo como pena a reclusão de 6 a 12 anos e multa para o autor. A lei ainda determina que, se resultar lesão corporal grave ou morte, a prisão pode ser de 16 a 24 anos ou de 24 a 30 anos, respectivamente.

No texto, a pasta afirmou também a Polícia Militar realiza patrulhamento preventivo e ostensivo nas regiões para coibir esse tipo de crime e que "as ocorrências de sequestro relâmpago têm prioridade no atendimento da PM para o resguardo da segurança da vítima e a prisão dos autores".

A secretaria afirmou ser contrária à produção de um ranking entre os bairros, "já que cada região possui característica próprias".

*Kaique Dalapola, estagiário do R7

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