Motoboy atacado por Rica Perrone se defende: 'Entregador não é empregado'
O entregador de comida Márcio Machado explicou que não subiu porque um amigo teve a moto roubada na mesma semana
São Paulo|Do R7
O entregador de comida por aplicativo Márcio Machado, que foi agredido pelo jornalista Rica Perrone, usou as redes sociais para contar sua versão da história. O motoboy negou ter agredido o comunicador e explicou que se recusou a subir ao apartamento porque um amigo havia sido roubado na região havia poucos dias.
"O entregador era eu, pessoal. Eu não falei 'pega a porra do seu pedido', eu só respondi sobre não querer deixar minha moto na rua depois de um amigo ter sido roubado ali na mesma semana", começou.
• Compartilhe esta notícia no WhatsApp
• Compartilhe esta notícia no Telegram
"Eles não conseguem entender que o entregador do app não é empregado deles. Serviço de quarto tem em hotel, não em aplicativo de entrega", continuou.
Segundo Márcio, sua conta no aplicativo continua ativa. Além disso, ele prestou uma reclamação contra Rica.
"Ah, minha conta no iFood continua ativa e continuo trabalhando muito, graças a Deus. Assim como ele me reportou, eu também denunciei ele por agressão e discriminação! O iFood faz uma análise no histórico do entregador, e já fiz quase 4.000 entregas. Graças a Deus, em poucas tive problemas", completou.
Embora varie de lugar para lugar, o ato de o entregador subir até o apartamento do cliente não é obrigatório. Ao contrário do que Rica Perrone disse no podcast, o motoboy pode, sim, se negar a subir até a unidade.
O que diz o iFood?
Veja a nota enviada à reportagem do R7:
"O iFood preza pela ética e respeito na relação entre clientes e entregadores da plataforma e não tolera qualquer tipo de ofensas, agressões, manifestações de preconceito ou assédio contra esses trabalhadores.
As falas de Rica Perrone durante uma entrega e relatadas em entrevista ao podcast O Poder nos Bastidores ferem os Termos e Condições de Uso da plataforma e são passíveis de banimento. Estamos apurando as informações do caso e, assim que tivermos todos os dados, seguiremos com as ações necessárias.
Nos casos onde ocorrem agressões físicas ou verbais, é muito importante que os entregadores reportem imediatamente no app na opção 'Alerta de Casos Graves', para que as providências cabíveis sejam tomadas. Para estes casos, o iFood oferece a Central de Apoio Psicológico e Jurídico, um serviço em parceria com a organização global de advogadas negras, Black Sisters in Law, que disponibiliza uma advogada para acompanhar os casos de entregadores agredidos durante as entregas.
Esclarecemos, ainda, que a obrigação do entregador é levar o pedido até o primeiro ponto de contato que existe na residência da pessoa, seja no portão de uma casa ou portaria de um condomínio. Descer para encontrar o entregador não só agiliza a entrega em si como demonstra respeito ao trabalhador, que só pode fazer a seguinte entrega depois de finalizar aquela."