Motociclista ajudou a esconder o corpo do namorado de milionária

O motociclista Leandro Lopes Brasil confessou ter ajudado a esconder o corpo de Vitor Jacinto, de 42 anos, morto com um tiro no dia 17 de junho. A namorada de Vitor, a milionária Anne Cipriano Frigo, está presa por suspeita de ter mandado matar a vítima após a descoberta de uma traição. As informações são da Record TV.

Imagens de circuito de segurança flagraram a moto de Leandro no local do crime. Pouco mais de uma hora depois de pegar a vítima no condomínio de luxo, o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza chega ao endereço onde o corpo de Vitor Jacinto foi abandonado.

Nas imagens, um motociclista aparece o tempo todo à frente do veículo. Segundo a polícia, ele é quem guia o acusado pelas ruas da região. O carro aparece com os vidros fechados. No entanto, quando não há mais câmeras, os suspeitos teriam deixado o corpo na mata. Treze minutos depois, o carro e a moto ressurgem, agora com os vidros abertos. 

O corretor era amigo da vítima e alegou que matou Vitor a mando de Anne, que permanece presa. Ela nega participação no crime.

Leandro já tem passagens pela polícia por tráfico de drogas. Ele prestou depoimento e confessou ter ajudado a esconder o corpo, mas disse não ter participação direta no crime. Leandro está solto e responde por ocultação de cadáver.

A polícia não descarta o envolvimento dele no assassinato. Equipes ainda fazem a perícia em dezenas de mensagens trocadas entre o motociclista e o corretor de imóveis. O relatório final deve ficar pronto até o fim do mês. 

A Record TV não conseguiu contato com os advogados de Leandro e de Carlos Alex.

O caso

De acordo com a delegada Magali Celeghin Vaz, do DHPP, o casal vivia uma vida luxuosa e tinha duas residências. Anne morava com os filhos na Vila Nova Conceição, bairro nobre da zona sul da capital, enquanto Vitor ficava em um imóvel em Alphaville, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo.

Ao longo do relacionamento, a vítima recebeu vários presentes caros, como relógios da marca Rolex, viagens à Europa e um carro Porsche, avaliado em R$ 2 milhões. Até que, em determinado período, o casal começou a discutir muito, a ponto de chegar à separação. Consequentemente, Anne parou de sustentar Vitor.

As investigações mostram que, como estava sem dinheiro, Vitor decidiu retomar o relacionamento. As apurações sugerem ainda que, enquanto os dois tentavam retomar o namoro, a milionária descobriu várias traições de Vitor, o que a teria motivado a planejar a morte dele.

O corretor apontado como executor do crime atuava intermediando compras de carros, imóveis e terrenos para o casal. Segundo a delegada Magali, o corretor era um "faz-tudo" da família. Quando Anne descobriu os relacionamentos extraconjugais de Vitor, teria oferecido dinheiro a Carlos para ele matar o companheiro dela.

No dia 17 de junho, Carlos convidou Vitor para ver um terreno à venda. A caminho do local, na rodovia Castello Branco, o corretor pegou uma arma que estava no banco de trás do carro e deu um tiro pelas costas que acertou o coração de Vitor.

Quando estava escurecendo, o executor levou o corpo até a represa do Guarapiranga, na zona sul da capital, de acordo com o delegado Fábio Pinheiro Lopes, do DHPP. Em seguida, colocou combustível e ateou fogo no rosto e nos pés da vítima.

A polícia encontrou o corpo no dia seguinte. Após exames necroscópicos, houve a confirmação de que a causa da morte foi um tiro no coração.