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MP abre investigação sobre médico denunciado em parto de influencer

Obstetra Renato Kalil teria xingado e falado das partes íntimas da mulher. Ele nega e diz que tomará providências jurídicas

São Paulo|Do R7

Caso veio à tona depois que áudios de Shantal Verdelho vazaram
Caso veio à tona depois que áudios de Shantal Verdelho vazaram Caso veio à tona depois que áudios de Shantal Verdelho vazaram

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) informou nesta terça-feira (14) que abriu, por meio da Promotoria de Enfrentamento à Violência de Gênero, Doméstica e Familiar contra a Mulher, uma investigação contra o médico obstetra Renato Kalil, acusado por duas mulheres de ter cometido violência obstétrica. 

O médico nega e diz que tomará "providências jurídicas" por "ataques à sua reputação". Em nota, a assessoria de Kalil afirma que ele é um dos profissionais de sua área mais reconhecidos do Brasil e que já fez mais de 10 mil partos ao longo da carreira, sem nenhuma reclamação ou incidente.

O caso veio à tona a partir do vazamento nas redes sociais de áudios e vídeo enviados pela influenciadora Shantal Verdelho a um grupo de amigos. Neles, ela relata o que ocorreu durante o nascimento de sua filha, Domenica, em setembro, durante procedimento com a supervisão de Kalil.

"Quando a gente assistia ao vídeo do parto, ele (Renato) me xingava o trabalho de parto inteiro. Ele fala: 'porr*, faz força. Filha da mãe, ela não faz força direito. Viadinha. Que ódio. Não se mexe, porr*'", conta Shantal no áudio.

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Em trecho do vídeo vazado, é possível ver o médico dizendo para Shantal "fazer força" e soltando um palavrão, que ela rebate: "Eu estou fazendo. Eu sou a maior interessada nisso". A influenciadora diz que era seu sonho ter um parto normal, por isso ao final tinha se sentido feliz por ter conseguido — o que mudou ao ver o vídeo gravado pelo marido, Mateus.

"Depois que eu vi tudo, foi muito horrível. Quando mostrei o vídeo pra minha mãe e pra minha terapeuta, todo mundo chorou. Foi um show de horrores", diz na gravação.

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Ela afirma, ainda, que o médico a teria "rasgado com a mão" pois tinha a intenção de provar que ela deveria fazer a episiotomia, um procedimento que consiste em uma incisão no períneo, região entre o ânus e a vagina, para facilitar a passagem do bebê. A Cartilha da Violência Obstétrica, feita pela Promotoria Pública de Mato Grosso do Sul neste ano, classifica a realização da episiotomia sem necessidade como uma das formas de violência obstétrica.

Na gravação, diz que o médico falou de suas partes íntimas ao marido. "Ele chamou meu marido e disse: 'olha aqui, ela está toda arrebentada, vou ter que dar um monte de ponto na perereca dela'. Ele falava: 'olha aí onde você faz sexo, está tudo fodid*'. Ele não tinha que mostrar isso pro Mateus, ele nem sabia se a gente tinha essa intimidade", desabafa no áudio.

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O que diz Renato Kalil

"O dr. Renato Kalil é médico obstetra ginecologista há 36 anos, sendo um dos médicos mais reconhecidos do Brasil. Ao longo de sua carreira, já efetuou mais de 10 mil partos, sem nenhuma reclamação ou incidente. O parto da sra. Shantall aconteceu sem qualquer intercorrência e foi elogiado por ela em suas redes sociais durante trinta dias após o parto.

Surpreendentemente, o dr. Renato Kalil começou a receber nos últimos dias ataques com base em um vídeo editado, com conteúdo retirado de contexto.

A íntegra do vídeo mostra que não há nenhuma irregularidade ou postura inapropriada durante o procedimento. Ataques à sua reputação serão objeto de providências jurídicas, com a análise do vídeo na íntegra."

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