MP pede que homicídio de Marina Harkot seja julgado como doloso
Promotor vê indícios de dolo, já que José Maria da Costa Junior estava alcoolizado, em velocidade excessiva e teria agido com indiferença à morte
São Paulo|Do R7
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) pediu para a Justiça responsabilizar José Maria da Costa Junior, de 33 anos, motorista que atropelou e matou a cicloativista e socióloga Marina Kholer Harkot, por homicídio doloso (quando há intenção ou o agente assume o risco de matar), nesta segunda-feira (23).
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Com as provas de que o indiciado estava alcoolizado, em possível velocidade excessiva e agiu com indiferença quanto à morte, que ocorreu na noite do dia 8 de novembro, o promotor responsável entendeu que há indícios de homicídio doloso.
Atualmente, Costa Junior responde em liberdade por homicídio culposo e fuga do acidente sem prestar socorro à vítima. Na quarta-feira (18), o motorista também foi responsabilizado por embriaguez ao volante.
O promotor também pediu que o caso seja redistribuido ao Tribunal do Júri, responsável por julgar os crimes dolosos. Cabe agora à Justiça decidir.
O caso
Marina foi atingida enquanto trafegava de bicicleta pela Avenida Paulo VI, em Pinheiros, na zona oeste, às 0h17 de domingo (8). O Samu chegou a ser acionado por outras pessoas, mas a jovem morreu no local.
Costa Júnior teria deixado de prestar socorro e fugido do local, segundo investigadores. Ele passou mais de 48 horas foragido até se entregar na delegacia na terça-feira (10), na companhia de advogados.
A avenida em que Marina foi atropelada tem quatro faixas e a socióloga estaria pedalando na última, perto do parapeito, de acordo com a investigação. Na via, a velocidade máxima permitida é de 50 km/h.