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MP-SP investiga superfaturamento no hospital de campanha de Mauá

Órgão instaurou inquérito nesta terça-feira (28) após receber denúncia com suspeitas de sinais de irregularidades em contratações emergenciais

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Hospital de campanha de Mauá iniciou o atendimento nesta terça-feira (28)
Hospital de campanha de Mauá iniciou o atendimento nesta terça-feira (28)

O Ministério Público de São Paulo instaurou um inquérito civil na última sexta terça-feira (24) para investigar a suspeita de superfaturamento na contratação emergencial de empresas para implantação e administração do hospital de campanha de Mauá, na Grande São Paulo. O local foi construído para reforçar o atendimento de pacientes da covid-19 durante a pandemia do novo coronavírus. A ação foi solicitada pelo promotor José Luiz Saikali.

Leia também: Hospital de campanha começa a atender população de Mauá (SP)

De acordo com o MP, uma empresa foi contratada para a instalação de 30 leitos hospitalares pelo valor mensal de R$ 221.900, o equivalente a R$ 7.396,67 por leito. Porém, no município vizinho de Santo André, foram gastos R$ 157.500 em estrutura para 120 leitos. A diferença é de quase 700%.

A portaria de instauração do inquérito aponta ainda a contratação de outra firma para administração do hospital de campanha de Mauá pelo valor de R$ 1.079.900, gerenciada por um homem já condenado por improbidade administrativa e cuja sede está instalada no mesmo endereço de uma empresa de serviços médicos.


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Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Mauá encarou o procedimento do MP "como um rito procedimental" e informou que "não existe nenhum repasse abusivo referente à prestação de serviços na montagem do novo equipamento, sempre atendendo com total transparência durante todo o processo, já publicado no Diário Oficial do Município". O órgão disse, também, que a nova estrutura será erguida pelo valor de R$ 665,7 mil.

Segundo a Promotoria, a Fundação do ABC, que presta serviços públicos de saúde e criou a Comissão de Gerenciamento de Riscos para Medidas de Combate e Enfrentamento à covid-19, esclareceu ao Ministério Público que não teve acesso ao projeto do município sobre a criação do hospital de campanha e desconhece detalhes sobre números e tipos de leitos.

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