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MP-SP vai investigar construção de prédio perto do Mirante de Santana

Edifício de 23 andares a menos de 200 metros de estação pode intensificar calor, bloquear raios solares e correntes de vento

São Paulo|Mariana Rosetti, da Agência Record

Construção de prédio pode afetar estação meteorológica do Inmet
Construção de prédio pode afetar estação meteorológica do Inmet Construção de prédio pode afetar estação meteorológica do Inmet

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) vai investigar a construção de um prédio de 23 andares a menos de 200 metros da estação meteorológica do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o Mirante de Santana, na zona norte de São Paulo.

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Segundo o órgão, foi instaurado um inquérito civil para investigar a legalidade da obra a pedido de moradores do Jardim São Paulo, na zona norte da cidade, que reuniram mais de 1.500 assinaturas de vizinhos contrários à obra.

A portaria foi assinada em 11 de junho, pela 3ª Promotora de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital, Camila Mansour Magalhães da Silveira.

Uma nota técnica publicada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na noite da quinta-feira (24) contraria a construção de um prédio de 23 andares a menos de 200 metros da estação meteorológica Mirante de Santana, na zona norte de São Paulo.

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No documento, são explicadas as interferências que novos empreendimentos imobiliários podem causar nas medições feitas pelo órgão, que pertence ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e registra recordes oficiais da temperatura da cidade.

O terreno do edifício Piazza San Giorgio, da construtora Fao Building, fica da Rua Pedro Madureira, 189, em Santana, a cerca de 180 metros da Praça Vaz Guaçu, onde fica a estação meteorológica.

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De acordo com a nota, de forma direta, além da intensificação da ilha de calor, há também o risco de sombreamento e bloqueio dos raios solares a partir da face norte da estação meteorológica (face em que o sol, para a latitude da cidade, translada o ano todo), além de bloqueio ou interferência parcial das correntes de vento, visto que o prédio previsto a ser construído teria 23 andares".

A explicação técnica do texto afirma que além de promover o sombreamento na direção da estação meteorológica, o calor absorvido pela construção durante o dia é emanado ao longo da noite, o que promove alterações diurnas e noturnas.

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Uma das consequências apontadas pelo Inmet é a intensificação da ilha de calor urbana, comprometendo o comportamento mais próximo do natural da sua série histórica de medições, ou seja, "construção de casas, pavimentação excessiva ou verticalização exagerada de prédios causa impacto direto na temperatura, umidade, ventos e o chamado balanço ou saldo de radiação que chega em determinado local".

O estudo conclui ainda que as imediações da estação meteorológica devem ficar livres de obstáculos que possam bloquear parcial ou integralmente os raios solares e a ação dos ventos.

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