MP vai investigar morte de cachorro em supermercado em Osasco (SP)
Caso aconteceu no último dia 28 no supermercado Carrefour da cidade. Animal foi vítima de maus-tratos por um segurança terceirizado da unidade
São Paulo|Márcio Neves, do R7, com Estadão Conteúdo
O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) instaurou nesta quarta-feira (5) inquérito civil para apurar o caso de agressões e maus-tratos cometidos por um segurança da rede de supermercados Carrefour contra um cachorro. O animal foi morto a pauladas após ter sido envenenado, dizem testemunhas.
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De acordo com o promotor de justiça Marco Antônio de Souza, o procedimento foi aberto após a promotoria receber diversas reclamações sobre o caso e a divulgação das agressões pela imprensa. Na portaria, Souza destaca que, segundo a lei, é dever do Estado proteger todos os animais. O inquérito vai apurar as responsabilidades do crime.
O caso ocorreu na última quarta-feira (28), em uma loja da rede Carrefour de Osasco, onde a cadela conhecida como ‘Manchinha’ vivia e era alimentada por funcionários e clientes.
O segurança do estabelecimento é acusado de ter dado veneno de rato ao animal antes de agredi-lo a pauladas. As agressões teriam sido filmadas por testemunhas.
O Ministério Público frisa que pessoas físicas ou jurídicas que adotam condutas lesivas ao meio ambiente devem sofrer sanções penais e/ou administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Segurança pode responder criminalmente
O segurança da rede de supermercados Carrefour acusado de envenenar e matar a pauladas um cachorro em Osasco, na Grande São Paulo, pode ser responsabilizado criminalmente pelo ato, avaliam advogados.
"Alguém que age com tamanha violência contra um inocente cachorro demonstra ausência de senso de civilidade e mostra ser um risco à própria sociedade", afirma o criminalista Daniel Bialski, mestre em processo penal pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Outro lado
Após a repercurssão do caso, o supermercado Carrefour emitiu a seguinte nota:
"O Carrefour reconhece que um grave problema ocorreu em nossa loja de Osasco. A empresa não vai se eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse anima. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações. Desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado. Qualquer que seja a conclusão do inquérito, estamos inteiramente comprometidos em dar uma resposta a todos. Queremos informar também que estamos recebendo sugestões de várias entidades e ONGs ligados à causa que vão nos auxiliar na construção de uma nova política para a proteção e defesa dos animais".