MPSP pede que Nardoni faça exame mental antes de ir ao semiaberto
Promotor de Justiça Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos ressalta que em casos de crimes graves, como o de Nardoni, o teste psicológico é solicitado
São Paulo|Do R7
Contraria à concessão do regime semiaberrto a Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella Nardoni, a promotoria do MPSP (Ministério Público de São Paulo) solicitou a realização do teste de Rorschach antes que ele seja submetido ao regime mais brando e receba o direito a saídas temporárias.
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O promotor de Justiça Luiz Marcelo Negrini de Oliveira Mattos ressalta que em casos de crimes graves, como o de Nardoni, o teste psicológico é solicitado para observar a sanidade mental do preso. O exame de Rorschach, também conhecido com "teste do borrão", faz uma avaliação pisicológica através da interpretação de desenhos.
Condenado a 30 anos e dois meses de prisão, Nardoni recebeu na última segunda-feira (29) o direito de cumprir o restante da pena em regime semiaberto. Ele tantava o benefício concedido a presos com bom comportamento desde setembro do ano passado.
No regime semiaberto, Alexandre Nardoni poderá trabalhar durante o dia e dormir no presídio à noite. Ele está preso na penitenciária de Tremembé (SP), cidade vizinha a Taubaté, há 11 anos.
O caso
Na noite de 29 de março de 2008, Isabella Nardoni morreu após cair da janela do sexto andar do Edifício London, na Vila Mazzei, zona norte de São Paulo. No apartamento, moravam o pai dela, Alexandre Nardoni, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, e os dois irmãos menores.
Nardoni e Anna dizem que uma outra pessoa, que eles não conseguiram identificar, invadiu o local e jogou a menina, que tinha 5 anos.
Peritos da Polícia Civil disseram à época que Isabella foi espancada e esganada dentro do apartamento, antes de ser jogada pela janela do sexto andar. Dias depois a polícia afirmou que não existia uma terceira pessoa no apartamento na noite da morte de Isabella.
Com isso Alexandre e Anna foram presos acusados do crime. Eles negam terem cometido o crime.