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Mulher é vítima de abuso na linha amarela do Metrô

Autor do abuso assinou um termo circunstanciado e foi liberado

São Paulo|Giorgia Cavicchioli, do R7

Mulher foi vítima de abuso na linha 4—Amarela
Mulher foi vítima de abuso na linha 4—Amarela

Um garçom, de 27 anos, foi levado para a delegacia nesta segunda-feira (11), às 10h20, após ter assediado uma passageira, de 22 anos, na linha 4—Amarela do Metrô, na estação Fradique Coutinho, em Pinheiros.

De acordo com informações da Polícia Civil, um agente de segurança do Metrô compareceu a delegacia e relatou que foi acionado pelo centro de controle, informado que o homem teria encostado nas nádegas da mulher por duas vezes no interior do vagão.

O autor do abuso assinou um termo circunstanciado e foi liberado.

O caso foi registrado como importunação ofensiva ao pudor na 3° DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) e encaminhado ao Geacrim (Grupos Especiais de Atendimento a Local de Crime).


Questionada pela reportagem sobre o que a concessionária faz para que casos de assédio diminuam no transporte, a ViaQuatro — que administra a linha 4—Amarela — afirmou que participa da campanha Juntos Podemos Parar o Abuso Sexual nos Transportes.

A campanha é realizada em conjunto com Tribunal de Justiça de São Paulo, governo estadual e municipal, empresas de transporte público, Ministério Público, polícias Civil e Militar e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).


Segundo a ViaQuatro, a campanha pretende, por meio de vídeos nos monitores dos trens e cartazes, provocar uma “mudança de cultura e inibir futuros abusos” e fazer com que vítimas e testemunhas denunciem os abusadores.

Ainda de acordo com a concessionária, em caso de abuso sexual, “vítima ou testemunha devem procurar imediatamente os colaboradores da ViaQuatro ou denunciar pelo telefone 0800 770 7100”.


A ViaQuatro também afirmou que “funcionários das empresas de transporte participam de seminários de sensibilização para prestar atendimento adequado às vítimas”, além de “programas de reeducação direcionados aos abusadores foram criados por especialistas”.

Também questionada pela reportagem a respeito do caso e sobre quais são as iniciativas feitas para reduzir o número de abusos sexuais, a SSP (Secretaria da Segurança Púbica), em nota, afirmou que "age em conjunto com o Metrô e a CPTM para coibir os crimes sexuais e identificar os seus autores. A presença da Delpom (6ª Delegacia de Polícia do Metropolitano) no interior da Estação Barra Funda também facilita o registro de denúncias."

A SSP afirmou ainda que "desde 2001, a SSP mantém, em parceria com as secretarias de Saúde e Desenvolvimento Social, o programa Bem-Me-Quer, que proporciona acolhimento especial para vítimas na cidade de São Paulo e na região Metropolitana. O objetivo é oferecer um atendimento humanizado que ajude a vítima a amenizar as dificuldades encontradas e a recuperar a autoestima."

A pasta disse ainda que "tem realizado diversas ações para combater a violência contra a mulher no Estado e na Capital, entre as atividades desenvolvidas estão o Projeto Integrar, o Protocolo Único de Atendimento que estabelece um padrão para o atendimento desse tipo de ocorrência e a parceria com o Gevid (Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica), do Ministério Público, visando aperfeiçoar a formação dos policiais para atender mulheres vítimas."

Questionada sobre onde ocorreu o crime, em qual delegacia foi registrada a ocorrência, se o suspeito foi detido e qual seria sua identificação, a SSP não respondeu.

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