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Mulher paraguaia é agredida, tem o cabelo raspado e a palavra "ladra" escrita na testa por lojistas do Brás

Segundo comerciantes, ela teria furtado roupas de estabelecimento. Vítima chegou a ficar com hematoma na cabeça

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

À esquerda, paraguaia é agredida em São Paulo
À esquerda, paraguaia é agredida em São Paulo

Uma mulher paraguaia, de 47 anos, foi brutalmente agredida, teve as roupas rasgadas, o cabelo raspado e a palavra "ladra" escrita na testa por um grupo de lojistas em uma galeria do Brás, no centro de São Paulo.

A mulher foi acusada de ter furtado roupas de uma loja do local. A paraguaia, que preferiu não ser identificada, disse à reportagem da Record TV que foi vítima de xenofobia e ouviu frases como "volta para o seu país" e "você não tem nenhum direito aqui no Brasil".

Ela afirma que é "sacoleira" e vai ao Brás constantemente para comprar peças, que, na região tem um custo menor. A mulher contou ainda que revende as peças em São Paulo e no país vizinho, onde vive com o marido e os três filhos.

Segundo a vítima, ela teria ido a uma galeria, onde foi agredida. Ela perguntou sobre o preço de uma roupa infantil e, saindo do local, dentro de um táxi, foi abordada por um dos seguranças armado.


Ele a levou para uma sala no fundo do estabelecimento. Além de terem raspado a cabeça, a agredido com um taco de madeira e criticado a nacionalidade dela, a mulher ainda foi ameaçada de morte.

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Ela também foi agredida em um corredor do estabelecimento. Um vídeo, gravado por uma testemunha, mostra a mulher agredida mais uma vez com tapas e socos no rosto por duas lojistas.


Segundo a advogada da paraguaia, Julia Valente, ela precisou ir ao hospital fazer exames pois teve um hematoma na cabeça e ficou muito abalada após as agressões.

De acordo com Valente, o boletim de ocorrência ainda não foi feito porque a mulher precisa sair da unidade médica, mas deve ser registrado como xenofobia, cárcere privado, tortura e lesão corporal no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

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